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Construção civil: quais ações ganham com as novas medidas do governo?

07 fev 2017, 18:51 - atualizado em 05 nov 2017, 14:07

O governo anunciou nesta semana um impulso para o setor imobiliário que deve ajudar as empresas do setor como um todo, avaliam os analistas de mercado. A principal mudança é a ampliação da renda mínima para se tornar elegível ao programa Minha Casa, Minha Vida, que passou de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil. O valor máximo dos imóveis que podem ser financiados também subiu, e varia de acordo com a localidade

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Também foi anunciada a meta de contatar o financiamento de 610 mil unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida para este ano. O número inclui todas as faixas do programa habitacional. “O anúncio reforça que o governo está comprometido com o programa, o que vinha sendo questionado por alguns investidores”, avalia Gustavo Cambauva, analista do BTG Pactual em um relatório.

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Para o Itaú, as principais beneficiadas pelas medidas são as construtoras, especialmente as que atuam no programa, como Direcional e Tenda, além daquelas com exposição ao segmento de baixa e média renda, como a Cyrela e Tecnisa, avalia o analista Enrico Trotta.

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“Em nossa visão, todas as medidas são positivas para as construtoras brasileiras, principalmente aquelas empresas focadas no segmento de baixa renda: MRV, Direcional, Gafisa (por meio da Tenda) e Cyrela (com a Cury), já que elas poderão se beneficiar por margens maiores (uma potencial melhora nos preços de venda) e vendas mais aceleradas (como o mercado em potencial irá crescer com mais famílias acessíveis ao programa MCMV)”, afirma Cambauva.

Linhas de crédito

O Citi analisa que, embora a demanda ainda esteja fraca com uma lenta recuperação esperada para 2017, as linhas temporárias de crédito financiadas pelo FGTS ajudarão a suavizar parte dos efeitos negativos da disponibilidade restrita de financiamento, enquanto o desemprego permanece alto e os estoques pressionam os preços para baixo.

“Por essa razão, esperamos que as empresas com maior parcela de oferta localizada em mercados resilientes (São Paulo) se beneficiem mais. EzTec (EZTC3) e Even (EVEN3) parecem ser as empresas dentro do nosso universo de cobertura que são mais susceptíveis de se beneficiarem destas medidas enquanto Cyrela (CYRE3) e Gafisa (GFSA3) também devem se beneficiar”, avalia o analista Dan McGoey.

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.