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Construção: desconto no setor oferece margem de entrada; é hora de comprar quais ações?

26 set 2021, 16:00 - atualizado em 24 set 2021, 18:16
Construção civil
A pressão dos insumos, que foi por meses a principal preocupação do mercado em relação às construtoras, saiu do “radar de risco” (Imagem: Unsplash/@jasonthedesigner)

Agora é um bom momento para dar atenção às companhias ligadas à construção civil. Segundo o Inter Research, o atual desconto no setor dá margem de entrada.

Mesmo em meio às adversidades do momento, as empresas conseguiram mostrar resiliência. No segundo trimestre do ano, uma nova leva de resultados robustos foi divulgada pelas construtoras. Além da forte aceleração nos lançamentos, as empresas tiveram bom desempenho nas vendas e, em sua maioria, VSO (venda sobre oferta) em níveis elevados.

Até mesmo a pressão dos insumos, que foi por meses a principal preocupação do mercado em relação às construtoras, saiu do “radar de risco”.

“Se antes a pressão dos insumos era um fator de risco nas margens das construtoras e na inviabilidade de alguns lançamentos, na prática o que se verificou foi majoritariamente o contrário, com êxito generalizado nos repasses de preço, sustentado pela procura de imóveis ainda em ritmo aquecido” comentou o analista Gustavo Caetano, em relatório divulgado na quarta-feira (22).

Apesar da menor pressão dos materiais, o cenário para as construtoras ainda tem desafios, principalmente no que diz respeito à alta da inflação.

No médio prazo, o Inter Research projeta ao setor uma queda nos níveis de concessão de crédito imobiliário ao mesmo tempo que há uma elevação no custo médio de financiamento. Com isso, o número de famílias elegíveis para aquisição de imóveis deve diminuir, impactando a demanda.

“Dessa forma, esperamos que as vendas líquidas sofram desaceleração ao longo do segundo semestre de 2021 e 2022, o que deve gerar um índice de velocidade de vendas inferior à média apresentada pelo setor nos últimos anos”, disse Caetano.

Direcional
Tese de investimento da Direcional inclui forte desempenho operacional recente e boas perspectivas nos segmentos de atuação (Imagem: Direcional/Linkedin)

No entanto, o Inter Research acredita que, conforme o ritmo de concessão de crédito retoma aos níveis atuais, o setor vai voltar, ainda que gradualmente, o ritmo operacional.

Para Cyrela (CYRE3) e Eztec (EZTC3), a instituição manteve a recomendação de compra, mas cortou os preços-alvo para, respectivamente, R$ 30 (de R$ 33) e R$ 40 (de R$ 44).

O Inter Research está mais positivo com Direcional (DIRR3).

“Com forte desempenho operacional recente e boas perspectivas nos segmentos de atuação, também reiteramos nossa recomendação de compra DIRR3, com preço-alvo elevado para R$ 19/ação (versus R$ 18)”, disse Caetano.

Para a Tenda (TEND3), o Inter Research atualizou a recomendação para neutra, com preço-alvo de R$ 31 (antes R$ 35). A companhia é mais sensível à alta dos preços dos insumos e a eventuais desacelerações nas vendas.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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