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Construtoras ainda guardam oportunidades; quais ações ter na carteira?

27 abr 2021, 14:57 - atualizado em 27 abr 2021, 15:08

Quem avalia o desempenho das construtoras na Bolsa se assusta: o índice imobiliário, que reúne as empresas do setor, recuou 6% em 2021 enquanto o Ibovespa subiu 0,5%. O que acontece com esse segmento tão necessário para a economia brasileira?

O grande vilão, segundo o analista Henrique Florentino, da Empiricus, é a inflação e os juros.

Ele lembra que, nos últimos 12 meses, o IGPM (Índice Geral de Preços) subiu cerca de 31%, gerando impacto direto no Índice Nacional de Construção Civil, que avançou 12,22%. Isso encarece a atividade do setor, como insumos e mão de obra, e diminui as margens.

Além disso, hoje a Selic se encontra em 2,75% ao ano, com expectativa de fechar 2021 em 5,25%, de acordo com o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central.

“Como o setor é de ciclo longo, os juros longos afetam mais do que os de curto prazo. Como a curva de juros está muito empinada, as ações do setor acabam sofrendo”, afirma.

Nem tudo está perdido

Apesar desses pontos, que devem ser levado em conta pelos investidores, o setor guarda algumas oportunidades, como juros de crédito imobiliário ainda estáveis, competição dos bancões, uma vez que o setor é um dos poucos que ainda não está sendo atacado pelas fintechs, e o enorme deficit habitacional no país.

“Com relação ao valuation médio, quando olhamos o preço sobre o valor patrimonial das ações do IMOB em fevereiro de 2020, encontramos o valor 1,96%. Hoje a porcentagem é de 1,33%. Além disso, tivemos 7 IPOs em 2020, levando a uma maior distribuição de recursos”, argumenta.

E quais ações comprar?

De acordo com o analista, a Cyrela (CYRE3) é uma empresa que deve ser observada.

“Ao comprar uma ação da Cyrela, você está tendo exposição a outras três empresas de capital aberto – Cury (CURY3), Plano e Plano (PLPL3) e Lavvi (LAVV3)”, lembra.

A Direcional (DIRR3) é outra companhia que guarda grande potencial e possui entre os ativos a Riva, que tentou realizar um IPO no ano passado e “vai gerar bastante valor”, observa.

Por fim, Florentino destaca a Tecnisa (TCSA3), “para quem gosta de uma pimenta no portfólio”.

“A empresa que está passando por uma restruturação valuation bastante atrativo”, completa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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