Economia

Consumidores da zona do euro cortam gastos e evitam produtos dos EUA, diz BCE

22 set 2025, 4:48 - atualizado em 22 set 2025, 5:38
Consumidor da zona do euro reduz produtos dos EUA e está cauteloso com inflação (Reuters/Arnd Wiegmann)

Os consumidores da zona do euro alteraram seus hábitos de consumo em antecipação às tarifas dos Estados Unidos, afastando-se de produtos americanos e reduzindo os gastos discricionários, revelou um estudo publicado pelo Banco Central Europeu (BCE) nesta segunda-feira (22).

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Sentados sobre uma poupança acumulada ao longo dos anos desde a pandemia, os consumidores da zona do euro têm sido cautelosos nas compras durante todo o ano, à medida que a incerteza em relação às tarifas mantém partes importantes da economia do bloco em compasso de espera.

“Em resposta às preocupações relacionadas às tarifas, os consumidores estão alterando seus hábitos de consumo de maneiras significativas”, disse o BCE em um artigo do Boletim Econômico.

O BCE constatou que cerca de 26% dos entrevistados na pesquisa relataram ter deixado de comprar produtos dos Estados Unidos. Aproximadamente 16% indicaram ter reduzido seus gastos gerais.

“Famílias de alta renda são mais propensas a deixar de consumir produtos dos EUA, enquanto famílias de baixa renda tendem mais a reduzir seus gastos de forma geral”, afirmou o BCE, acrescentando que o nível de educação financeira também influenciou essas decisões.

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Quase todos os cortes de gastos afetaram itens discricionários, enquanto os gastos com itens essenciais permaneceram em grande parte inalterados, acrescentou o BCE.

O BCE também observou que alguns consumidores ajustaram suas expectativas de inflação para cima, inclusive no longo prazo, o que sugere que o impacto percebido das tarifas sobre a inflação pode não ser inteiramente transitório.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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