Bandeira vermelha: Conta de luz fica mais cara em junho; entenda

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionou a bandeira vermelha, patamar 1, para o mês de junho. Com isso, a conta de luz terá cobrança adicional de R$ 44,63 por MWh (megawatt-hora), ou R$ 4,46 a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos.
O aumento no custo da energia elétrica foi anunciado na última sexta-feira (30), diante da queda no volume de chuvas. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a geração de energia deve diminuir nas hidrelétricas em relação ao mês anterior.
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Com menor produção das usinas que utilizam a força das águas, a agência afirma que o custo de geração sobe, devido à necessidade de acionar fontes de energia mais onerosas, como as usinas termelétricas.
A Aneel reforça que o acionamento da bandeira vermelha visa conscientizar o consumidor para o uso responsável da energia elétrica.
Segundo a agência, a economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo.
Sistema de bandeiras tarifárias
Criado pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias informa os consumidores sobre os custos da geração de energia elétrica no país.
Esse sistema considera o custo variável da produção energética, influenciado pela disponibilidade hídrica, o desenvolvimento de fontes renováveis e a utilização de termelétricas, que possuem um custo de operação mais elevado.
Para manter as operações de maneira sustentável, a Aneel dividiu as variações em cores, que são utilizadas para alertar o consumidor:
- bandeira verde (boas condições para geração de energia) – sem custo extra;
- bandeira amarela (condições menos favoráveis) – R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado (ou R$ 1,88 a cada 100kWh);
- bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – R$ 44,63 por MWh utilizado (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh);
- bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – R$ 78,77 por MWh utilizado (ou R$ 7,87 a cada 100 kWh).
A Aneel afirma que o sistema traz um papel mais ativo ao consumidor, que pode reduzir e adaptar sua utilização de energia conforme a cor da bandeira. Na regra anterior, os reajustes eram realizados anualmente e o consumidor tinha menos informações sobre as razões do encarecimento da energia.
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