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Alta da gasolina e guerra na Ucrânia e Rússia: ‘Os sons dos canhões estão tocando e é hora de comprar ações’

22 mar 2022, 7:12 - atualizado em 22 mar 2022, 7:12

A guerra entre Ucrânia e Rússia já dura cerca de um mês e traz incertezas geopolíticas com impactos diretos nos mercados financeiros globais e também na bolsa brasileira. A população já sente o impacto da disparada do preço do petróleo nas bombas dos postos de combustível com o aumento da gasolina. O que fazer com seu dinheiro neste cenário de guerra?

No atual patamar, na casa de 115 mil pontos, o Ibovespa está barato? Se a guerra perdurar, o que será do Ibovespa?

O Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus Investimentos, recomenda a compra de ações na bolsa brasileira. Na sua visão, essa é uma das maiores oportunidades no radar dos mercados globais até agora.

Ele é responsável por uma carteira de ações conhecida como “Oportunidades de Uma Vida”, que acumula um retorno de 418%, desde sua criação, em 2015, até o fim de janeiro, superando o Ibovespa no período.

Leia a seguir a entrevista completa:

O mundo está saindo de uma pandemia, há uma guerra entre Rússia e Ucrânia, a inflação voltou e a expectativa é de alta de juros no mundo. Por que você está recomendando a compra de ações na bolsa brasileira?

Felipe Miranda: Um dos motivos é que o cenário atual é favorável à alta das commodities, tanto as agrícolas, quanto as minerais. O Ibovespa é visto como uma proxy de commodities. O Brasil é superavitário no fluxo comercial de petróleo e gás, além de grande produtor de minério de ferro e matérias-primas agrícolas.

Petroleiras como a Petrobras (PETR4), mineradoras como a Vale (VALE3) e empresas do agronegócio vão se beneficiar da alta de preços das commodities com geração de caixa. E, com a perspectiva de alta dos juros nos EUA, tudo que o mercado quer neste momento é caixa.

Isso faz o fluxo de capital internacional se voltar novamente para o Brasil. As ações brasileiras estão baratas, com múltiplos muito inferiores à média histórica e aos seus pares internacionais.

São casos de “valor” (value investing), que é o que o mercado está buscando. Esse movimento tende a provocar uma alta das ações no longo prazo e beneficiar quem tiver investimento em ações no Brasil.

A bolsa brasileira é uma das poucas ilhas de valuation barato no mundo.

Você ajustou sua carteira de ações recomendadas com a guerra de Ucrânia e Rússia?

Sim.   No caso de investimentos, isso significa alocar parte da carteira em seguros-catástrofes e hedges clássicos.

O que mudou exatamente?

Aumentamos a posição em commodities e metais preciosos. Isso porque acreditamos que o curtíssimo prazo deve trazer bons retornos para empresas ligadas a matérias-primas.

E, nos últimos meses, reduzimos a exposição a ações internacionais e a empresas de tecnologia. Inclusive, montamos operações short (vendido) no segmento.

Mas ainda acreditamos que há grande potencial para ações small e mid caps ligadas ao ciclo doméstico no longo prazo.

Uma das consequências mais imediatas da guerra foi a alta do preço do petróleo, que tem impacto no preço da gasolina e na inflação como um todo. Qual a sua expectativa para a alta dos juros nesse contexto?

 A guerra provoca um efeito inflacionário. O preço do petróleo subiu cerca de 30% desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. O preço do trigo atingiu o maior patamar em 14 anos. E esses países são grandes produtores de fertilizantes, o que deve afetar todos os produtos agrícolas.

A população em geral será impactada pela alta dos preços dos alimentos e dos combustíveis. Se os preços internacionais forem repassados, logo encher o tanque vai custar perto de R$ 400 no Brasil.

Mas, apesar da pressão sobre a inflação, a guerra pode segurar um pouco da alta dos juros no mundo todo para evitar uma recessão. Semanas antes da eclosão da guerra, o consenso do mercado era de uma alta de 0,5 ponto percentual na taxa de juros dos EUA. Agora, o próprio Fed (Federal Reserve, o banco central americano) descarta esse cenário e sinaliza uma elevação de 0,25 ponto.

Ou seja: as taxas de juros nominais vão ficar mais baixas em relação ao que se esperava antes da guerra. Mas, com a alta da inflação, as taxas de juros reais serão menores, ao menos no curto prazo.

O que o investidor deve fazer nesse cenário?

Como resposta prática a esse cenário, ativos que rendem retornos nominais se tornam menos atrativos, enquanto deveríamos focar em ativos reais.

Títulos de renda fixa atrelados à inflação, commodities, ouro e mesmo ações (empresas são ativos reais) ganham atratividade nesse cenário.

Você acha que vale a pena para o investidor pessoa física investir na bolsa com o juro acima de 2 dígitos? Há títulos de renda fixa pagando 1% ao mês, com um risco muito menor do que renda variável.

Eu acho que qualquer investidor, seja ele grande ou pequeno, deve buscar a melhor relação de risco-retorno possível para sua carteira.

Sem dúvida, a renda fixa ficou mais atrativa e há boas oportunidades. Mas o investidor precisa olhar o retorno real e não apenas as taxas nominais. Não adianta lucrar com o juro alto, mas perder para a inflação.

Eu acredito que as oportunidades de ganhos maiores no longo prazo estão nas ações. Os grandes gestores globais estão enxergando isso e aumentando a exposição em bolsa no Brasil.

A minha visão é que as verdadeiras multiplicações na bolsa virão das small caps ligadas ao ciclo doméstico.

Mas as small caps, ou seja, as pequenas ações da bolsa, foram as que mais sofreram no início de 2022. Algumas ações tiveram quedas de dois dígitos em um único dia. Por que você está sugerindo small caps nesse cenário?

Antes de qualquer coisa, não é qualquer small cap que vale a pena. Acho que é hora de fugir de cases de “fake techs” e promessas de lucro.

Mas existem boas oportunidades com small e mid caps que já são ativos de valor e geram caixa. Essas ações também caíram e negociam hoje a preços muito convidativos.

Essa queda de preços ocorreu, em boa parte, por uma questão circunstancial. Em tempos de pânico nos mercados, muitos fundos de ações e multimercados são obrigados a se desfazer de boas posições para cobrir os resgates diários dos clientes.

Não é que os fundos de investimento venderam as ações porque deixaram de acreditar no seu potencial. Eles precisam de caixa para cobrir uma onda de resgates que é comum em tempos de turbulência. É uma questão de liquidez e não de valuation, entende?

É como se você ficasse desempregado e tivesse que vender um imóvel a preço de banana para pagar as contas do mês. Isso é ruim para quem vende. Mas pode ser uma oportunidade para quem compra.

Muitos gostam de repetir frases do tipo “compre ao som dos canhões, venda ao som dos violinos”. Poucos têm a coragem de assumir uma postura pragmática e efetivamente comprar ações nesses momentos, quando seus valuations assumem níveis baixos.

É o que estamos recomendando agora para quem busca uma oportunidade de valorização expressiva na bolsa.

Então a sua recomendação é que os investidores comprem ações small caps no meio da guerra?

Nossa proposta pragmática advoga em prol de uma espécie de Barbell Strategy na Bolsa brasileira. É uma estratégia que prevê assumir, ao mesmo tempo, posições seguras e outras com maior risco e grande possibilidade de retorno.

Então de um lado a ideia é investir bastante em commodity para se aproveitar do contexto atual, do bom momentum de curto prazo e de valuations ainda atrativos, a despeito das altas recentes.

De outro, com horizonte mais dilatado, a proposta é montar uma posição representativa de small e mid caps de qualidade e com valuations excessivamente descontados.

Você pode citar alguns exemplos de ações que você enxerga grande potencial de retorno?

Claro. Atualmente eu recomendo a compra de 23 ações da bolsa brasileira na minha carteira Oportunidades de uma Vida, recomendada aos assinantes da série Palavra do Estrategista. Ali estão todas as ações para executar a estratégia.

Temos ações ligadas a commodities, como a Vale e a Petrobras, para buscar ganhos com esse cenário de guerra no curto prazo. E também indicações de small caps de qualidade, como a Direcional Engenharia (DIRR3), que eu entendo que está muito descontada no preço atual e tem potencial para multiplicações elevadas de capital no longo prazo e bons retornos com dividendos.

E as outras ações? Quais são elas?

Olha, eu citei três ações da minha carteira nesta entrevista. E qualquer pessoa pode acessar todos os nomes das ações recomendadas no Palavra do Estrategista e ler todos os relatórios disponíveis sem pagar nada.

A Empiricus oferece uma degustação do conteúdo por sete dias sem compromisso. Dá para assinar o Palavra, ler tudo, pegar todas as recomendações, depois cancelar e pedir reembolso. Sem estresse.

Aliás, você pode colocar o link da degustação gratuita na entrevista e o telefone de cancelamento (4003-3117 – ligação local).

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Não é comum um empresário dar o telefone de cancelamento do serviço em uma entrevista. Você não acha que muita gente pode assinar o relatório, pegar todas as indicações, e depois cancelar e pedir reembolso?

Pode ser que algumas pessoas façam isso. E se fizerem, não tem problema. Eu espero realmente que ela consiga ganhar dinheiro com as nossas recomendações.

Mas a nossa proposta não é atender aqueles leitores interessados em pegar uma “diquinha” de investimento de graça na internet.

O propósito do Palavra do Estrategista é oferecer uma estratégia de investimentos completa para quem leva a sério a sua construção de patrimônio.

Nós cobramos um preço simbólico (R$ 9,90 por mês) em troca de ideias de investimento que podem mudar vidas. Recebo relatos sobre isso todos os dias.

Criamos a carteira Oportunidades de uma Vida em 2015 e quem seguiu as recomendações multiplicou por mais de cinco vezes o seu capital. É um retorno de 418% desde o início da série. Isso significa, no mesmo período:

  • 11 vezes mais lucros que a Poupança,
  • 10 vezes mais lucros que a inflação,
  • 7 vezes mais lucros que o CDI,
  • 3 vezes mais lucros que o Ibovespa,
  • 9 vezes mais lucros que o dólar.

É por isso que eu libero mesmo a degustação gratuita. Eu tenho certeza que a maioria das pessoas seguirá com a gente e nunca mais investirá como antes.

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*Esta entrevista foi publicada originalmente no site Seu Dinheiro.