Banco do Brasil (BBAS3): ação sobe mesmo após resultado fraco do 2T25; entenda se é hora de comprar ou vender, segundo o BTG Pactual

O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou seus números referentes ao 2º trimestre de 2025 (2T25) na última quinta-feira (14), após o fechamento do mercado.
O desempenho veio abaixo das estimativas do mercado, que já vinha com um “pé atrás” em relação à fase atual do banco – especialmente após números mornos já no trimestre anterior (1T25).
Dois pontos em especial “roubaram a cena” nos dados do 2T25:
- Lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões, queda de 49% no comparativo trimestral e de 65% no comparativo anual (2T24);
- ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de 8,4%, menor nível desde o ano 2000.
Além disso, os resultados não vieram acompanhados de novos anúncios de distribuição de dividendos, um fator que é “carro-chefe” das ações para os investidores pessoa física.
O mercado não deixou de reagir aos resultados. Em dado momento do pregão da sexta-feira (15), BBAS3 chegou a entrar em leilão devido à alta volatilidade. Porém, assumiu um viés de alta ao longo do dia, negociada a R$ 20,14 (leve alta de 1,45%) até o fechamento deste texto.
Com uma queda acumulada de cerca de 15,8% em 2025 até aqui, esta última alta nas ações pode indicar um melhor equilíbrio nos ânimos do mercado, a ser melhor observado nos próximos dias.
Porém, em relatório exclusivo, o time de research do BTG Pactual – maior Banco de Investimentos da América Latina – já adiantou suas perspectivas para o BB daqui para a frente. Afinal, o que o investidor deve interpretar deste cenário, e que fazer com as ações?
BBAS3: deterioração veio ‘de elevador’, mas recuperação deve ‘subir de escada’, diz BTG Pactual
Em relatório publicado na manhã desta sexta-feira (15), os analistas do BTG indicaram alguns dos principais pontos de deterioração nos números do BB:
- Forte aumento na inadimplência, e consequente aumento nas provisões brutas para perda de crédito;
- Piora generalizada na qualidade da carteira (crédito inadimplente não só no agronegócio, como também em empresas e pessoas físicas);
- Aumento na entrada de “despesas não-recorrentes” e pouco detalhadas – que agora representam cerca de 20% do lucro ajustado.
Apesar da turbulência, nem tudo é negativo: “a boa notícia é que a receita cresceu mais”, destacam os analistas.
Segundo o relatório, “houve vários fatores em movimento na linha de receita” durante o 1º semestre, com destaque para a liberação de R$ 4,5 bilhões em consignado privado. O crescimento da carteira de crédito para pessoa física, em meio à alta da Selic, pode ser visto por uma ótica positiva.
Além disso, o banco havia colocado o guidance para seus principais indicadores (como custo de crédito e lucro líquido ajustado) em “stand-by” após o 1T25, mas agora divulgou projeções reavaliadas para o restante do ano – o que pode funcionar como uma espécie de “bandeira branca” para o mercado.
Mas, para o BTG, o momento ainda exige cautela, visto que não são resultados fáceis de equilibrar da noite para o dia:
“Apesar de o guidance apontar, no ponto médio, para uma melhora relevante no lucro do 2S vs. 1T, ainda acreditamos que a visibilidade é baixa. A impressão é que a base inicial de lucro para o 3T é menor vs. 2T. Os índices de inadimplência (NPLs) seguem piorando, não apenas no agronegócio, mas também na carteira corporativa. Além disso, o patrimônio líquido não está crescendo.”
Logo, o que esperar dos resultados (e das ações) do Banco do Brasil a partir dos próximos meses?
“Negociando a 0,63x o último valor patrimonial, ainda não vemos motivo para otimismo, dado que acreditamos que a deterioração dos resultados está vindo ‘de elevador’, enquanto a recuperação tende a ‘subir de escada'”, concluem os analistas, que mantêm a recomendação neutra para BBAS3.
Gratuito: acesse o relatório completo assinado pelos analistas do BTG Pactual
Este é apenas um “gostinho” das análises que o BTG Pactual traz regularmente sobre os maiores e mais relevantes papéis do mercado brasileiro.
A boa notícia é que a leitura completa do relatório citado no texto está disponível gratuitamente aos leitores do Money Times, em parceria com o BTG Pactual. Para acessar, basta clicar aqui e seguir as instruções na tela.
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