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Cortes na Selic só em 2026? Itaú aponta 2 fatores que podem fazer o Copom ‘recalcular a rota’ antes do esperado

16 jul 2025, 15:30 - atualizado em 16 jul 2025, 15:27
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Boa parte do mercado espera que o início do ciclo de cortes da Selic, a taxa básica de juros, comece em 2026 – mas o Itaú alerta o que poderia mudar os planos do Banco Central. (Imagem: iStock/ Rmcarvalho/Canva)

De acordo com o Itaú, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central deve começar a reduzir a taxa Selic somente no primeiro trimestre de 2026.

Diante do contexto macroeconômico atual, o economista-chefe da instituição, Mario Mesquita, projeta que a taxa básica de juros deve permanecer em um patamar alto por um tempo mais longo.

Na última reunião do Copom, que aconteceu em 18 de junho, os juros foram elevados em 0,25 pontos percentuais, para 15% ao ano. E, segundo o comunicado, essa alta foi a última e sinalizou o fim do ciclo de aperto monetário no Brasil.

Agora, a discussão no mercado é sobre quando os juros devem começar a cair. Nesse sentido, grande parte das instituições financeiras vêm falando sobre um início do ciclo de cortes dos juros apenas em 2026.

Mas o que talvez essas instituições não contavam é que 2 fatores podem fazer o Banco Central “recalcular a rota” e optar por iniciar esse ciclo mais cedo.

A seguir, explico melhor quais são esses 2 fatores e o que esperar da próxima reunião do Copom, marcada para o dia 30 de julho.

2 fatores que podem fazer a Selic começar a cair ainda em 2025

De acordo com o Itaú, existem 2 fatores que podem antecipar o ciclo de cortes da Selic. São eles:

1 – Uma valorização expressiva do real ante o dólar

O real é a terceira moeda que mais perdeu valor ante o dólar desde o “tarifaço” de Donald Trump, segundo ranking de 118 países elaborado pela agência classificadora de risco Austin Rating, com base em informações do Banco Central.

A desvalorização da moeda abriu espaço para o crescimento da inflação, que hoje está acima do teto da meta estipulada pelo governo. Em junho, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação no país, teve alta de 0,26% e subiu para 5,35% em 12 meses, estourando o teto de 4,5%.

Nesse sentido, na visão do Itaú, uma valorização expressiva do real frente ao dólar poderia aliviar as pressões inflacionárias. O que também daria espaço para que o BC pudesse flexibilizar a taxa de juros. 

2 – Uma desaceleração econômica mais acelerada

O segundo fator seria uma desaceleração econômica mais acelerada do que o previsto, que poderia ser causada pelo menor impacto do novo programa de crédito consignado privado.

Esse programa foi criado com a expectativa de estimular o consumo e, assim, movimentar a economia. Porém, o Itaú enxerga que ele pode não atingir o impacto esperado. Com isso, pode haver menos dinheiro circulando e, consequentemente, um menor crescimento econômico.

Se concretizado, esse fator também poderia levar o Banco Central a optar por cortar os juros antes do esperado, ainda em 2025.

O que esperar da próxima reunião do Copom?

Nesse sentido, na próxima reunião do Copom, marcada para o dia 30 de julho, o mercado espera que o Banco Central opte por manter a taxa Selic em 15% ao ano.

Mas, mais importante do que a decisão do Copom, é a sinalização que o Comitê dará aos investidores na data. Ou seja, qual será o tom do comunicado. O Copom deve se manter cauteloso? Ou pode dar pistas sobre quando pretende começar a afrouxar os juros? E, a partir do que for dito, como você deve posicionar seus investimentos?

Para ajudar o investidor a tomar as melhores decisões pelo seu patrimônio, seja qual for o tom do comunicado do Copom, o Giro do Mercado do Money Times está preparando um “kit do Copom”.

Assim, no dia 30 de julho, após o anúncio da decisão, o Giro do Mercado fará uma edição especial no YouTube do Money Times para analisar o tom do comunicado e o que esperar das próximas reuniões.

Durante o programa, Paula Comassetto, jornalista e apresentadora do Giro do Mercado, deve receber analistas para recomendar quais são os investimentos mais promissores dada a decisão.

Além disso, aqueles que acompanharem o programa também receberão uma análise completa da ata do Copom, que traz “pistas” sobre os próximos passos que o Comitê pretende dar.

VEJA COMO ACOMPANHAR O GIRO DO MERCADO E SABER DE ONDE INVESTIR APÓS A DECISÃO DO COPOM

Veja como acompanhar a edição especial do Giro do Mercado sobre o Copom

Para acompanhar o Giro do Mercado especial sobre o Copom, tudo o que você precisa fazer é reservar a sua vaga gratuitamente clicando aqui. Após confirmar a sua presença, você vai receber:

  • 30/07, às 18h30: acesso ao Giro do Mercado especial sobre o Copom, um debate de alto nível após a decisão dos juros;
  • Cobertura completa com análises do mercado a respeito das decisões de juros;
  • Análise pós-divulgação da ata do Copom, que geralmente dá “pistas” sobre a próxima decisão.

Vale destacar que a próxima reunião do Copom irá coincidir com a decisão dos juros nos Estados Unidos. Então, durante o Giro do Mercado, os juros americanos também devem entrar na pauta e o impacto da decisão também deve ser analisado para o investidor brasileiro.

Portanto, sugiro que você reserve a sua vaga gratuita e aproveite para ficar bem informado sobre as decisões de juros no Brasil e nos EUA. Afinal, o primeiro passo para investir melhor é estar por dentro das notícias que impactam o seu patrimônio:

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Editora de conteúdo na Empiricus. Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (ECA-USP) e pós-graduada em Comunicação e Marketing Digital pela ESPM.
leticia.camargo@empiricus.com.br
Editora de conteúdo na Empiricus. Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (ECA-USP) e pós-graduada em Comunicação e Marketing Digital pela ESPM.

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