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Deu ruim pra Vale (VALE3)? Empresa decepciona no 1T23, mas analista destaca que a ação pode pagar dividendos acima da Selic; entenda
Parece que a reabertura da China ainda não surtiu efeitos para a Vale (VALE3)… A gigante brasileira reportou seus resultados do 1T23 na noite da última quarta-feira (26), e sofreu perdas expressivas em seus indicadores.
O lucro líquido da mineradora despencou 58% em relação ao mesmo período do ano passado e ficou em US$ 1,8 bilhão — equivalente a quase R$ 9 bilhões.
Outro destaque negativo foi o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que tombou 42% na base anual e registrou US$ 3,7 bilhões, cerca de R$ 18,4 bilhões na cotação atual.
Mas apesar dos números abaixo das expectativas, a ação VALE3 subiu 2% no dia seguinte à divulgação.
O analista Fernando Ferrer, da Empiricus Research, destaca que “essa queda expressiva é efeito principalmente dos maiores custos, menores vendas de finos de minério e menores preços praticados”.
O mercado já não tinha grandes expectativas para o balanço da mineradora neste 1º trimestre, mas com a reabertura chinesa e os sinais de recuperação da economia da gigante asiática, era esperado que isso elevasse os números da Vale.
Isso porque a China é um dos principais destinos do minério de ferro extraído pela Vale. Com as flexibilizações do plano “Covid Zero” no país, era esperado que os resultados da mineradora fossem impulsionados.
Mas afinal, se os números foram ruins, por que as ações VALE3 subiram no pregão da última quinta-feira (27)?
Na manhã seguinte aos resultados, a bolsa reagiu aos números decepcionantes e a ação chegou a cair -1%. Mas o vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores, Gustavo Pimenta, fez uma sinalização que agradou os investidores.
Um dos principais vilões para a Vale neste trimestre foram os custos elevados e o “prêmio” baixo sobre o minério de ferro. Mas segundo Pimenta, isso pode deixar de ser um problema.
O executivo afirmou que há a expectativa de que, no segundo semestre de 2023, a empresa consiga fazer melhorias na produção e, consequentemente, tenha um prêmio maior e custos mais baixos.
Após esse pronunciamento, a ação reverteu a queda e fechou o dia de forma positiva.
Vale (VALE3): bom potencial lucrativo e dividendos ‘gordos’
Fernando Ferrer afirma que o resultado da Vale não foi dos melhores neste trimestre, mas boa parte do motivo para isso se deve a fatores macroeconômicos.
Ainda assim, o analista defende que a ação está em uma oportunidade de compra por ser uma companhia sólida, com histórico resiliente na bolsa, ter potencial lucrativo e ser conhecida como uma boa pagadora de dividendos.
“Mesmo que o resultado não tenha sido aspiracional e afaste mais a tese de forte recuperação com a reabertura da economia chinesa, a Vale segue com um nível de alavancagem confortável e deverá se manter como uma boa pagadora de dividendos”, afirma.
Só nos últimos 12 meses, a Vale pagou 8% em dividendos. Ou seja: mesmo em um período em que a empresa não estava com resultados tão positivos, ela conseguiu gerar valor para os acionistas.
Mas a estimativa é que daqui para frente esses dividendos engordem cada vez mais…
Segundo Ferrer, a Vale tem potencial para entregar de 10% a 15% em dividendos:
“Ela está com pouco endividamento. Mesmo com o preço do minério baixo, ela consegue distribuir bons dividendos.
A gente está com uma Selic a 13,75% e o investidor pode receber 15% livre de impostos só com proventos. Parece uma margem de segurança boa”, afirma em entrevista ao programa Giro do Mercado.
Além disso, as ações da Vale estão sendo negociadas a apenas 4 vezes EV/Ebitda para 2023.
Na prática, esse número significa que a ação está barata e pode entregar valorização interessante para o investidor. Os analistas da Empiricus Research acreditam que o papel VALE3 pode saltar até 32%.
Isso seria o suficiente para transformar R$ 5 mil investidos em até R$ 6.600, por exemplo.
Ou seja: a Vale pode proporcionar ganhos tanto com a valorização das ações na bolsa, quanto com o pagamento de dividendos.
Tanto é que a ação foi inserida em uma carteira de 10 melhores ações para investir no cenário atual.
A carteira seleciona apenas o “filé mignon” da bolsa brasileira e recomenda papéis que combinam o alto potencial lucrativo com fundamentos interessantes e qualidade da empresa.
E foi exatamente por isso que, embora os resultados no 1T23 não tenham sido de destaque, a Vale é considerada um dos melhores tickers para ter no portfólio neste momento.
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Alguns destaques desta carteira são, por exemplo:
- Uma ação que pode subir até 80%;
- Uma empresa defensiva para a carteira (companhia resiliente à desaceleração econômica);
- Um papel que decolou 60% em 2022 e ainda tem espaço para valorizar mais.
Essas são apenas “palhinhas” da carteira completa. Segundo os analistas, esses 10 papéis são as melhores ações para investir no cenário atual, pois estão em um ótimo ponto de entrada.
Normalmente, só quem tem acesso a essas recomendações são os assinantes das carteiras da casa de análise.
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