Eletrobras (ELET6) está no caminho de se tornar uma ‘vaca leiteira’? Veja a recomendação para as ações após o 2T25

Nesta quinta-feira (7), a Eletrobras (ELET6) apresentou os números referentes ao 2º trimestre de 2025. Apesar de enfrentar um cenário com fatores extraordinários e pressões no segmento de transmissão, a elétrica conseguiu se destacar no período.
O grande atrativo ficou por conta da distribuição de dividendos. A companhia anunciou R$ 4 bilhões em proventos, o mesmo que um dividend yield de 4,5% somente nesta etapa.
O mercado se animou tanto com a notícia que, no momento em que escrevo essa reportagem, as ações ELET6 operam em alta de mais de 8%, cotadas a R$ 45,46.
Assim, essa é mais uma peça que se encaixa na transformação da Eletrobras pós-privatização. Afinal, a ideia do processo, que aconteceu em 2022, era de tornar a elétrica uma companhia rentável, eficiente e geradora de valor aos acionistas, ou seja, uma boa pagadora de dividendos.
O mercado comprou essa ideia e, desde então, espera o momento em que a Eletrobras comece a colher os “frutos” dessa decisão. Ruy Hungria, analista de ações da Empiricus Research, foi um dos que apostou na privatização da Eletrobras.
Em agosto de 2022, o analista incluiu a ação ELET6 na carteira recomendada de ações para dividendos da casa de análise, que leva o nome de “Vacas Leiteiras”. Para ele, a ação era uma “bezerra” com grande potencial de se tornar uma “vaca”.
Caso você não esteja familiarizado com o termo, “vaca leiteira” é uma metáfora muito usada no mercado financeiro para se referir às ações pagadoras de dividendos. Isso porque, assim como uma vaca leiteira fornece leite de forma regular, uma empresa “vaca leiteira” fornece dividendos constantes aos seus acionistas.
Mas e então, será que com os dividendos anunciados e o resultado animador do 2T25, a Eletrobras está mais perto de se tornar uma vaca leiteira? A seguir, você pode conferir a resposta do analista.
De bezerra para vaca leiteira? Veja o que esse analista enxerga para a Eletrobras
Segundo Hungria, a Eletrobras apresentou resultados operacionais em linha com as expectativas, apesar de um impacto negativo não recorrente, que levou a companhia a um prejuízo no trimestre.
Assim, a receita líquida da elétrica ficou praticamente estável em relação ao trimestre anterior, em R$ 9,7 bilhões. E esse número teve uma dinâmica interessante:
- Enquanto a receita de Geração cresceu 10%, impulsionada por maiores volumes e preços, a de Transmissão recuou 12,7%, devido à revisão tarifária periódica — um fator já esperado e que não altera os fundamentos de longo prazo da operação.
Já o Ebitda antes de participações societárias avançou 6%, totalizando R$ 6 bilhões. O desempenho foi puxado por:
- Um controle mais rigoroso nos custos com compra de energia;
- Cortes de despesas operacionais; e
- Por uma redução nas provisões, especialmente após a melhora na adimplência da Amazonas Energia.
Por outro lado, as participações societárias pesaram negativamente. Eventos pontuais como a remensuração de receitas na ISA Cteep, paradas técnicas na Eletronuclear e revisão de Capex na Transnorte comprometeram o Ebitda consolidado, que recuou 8,6% na base anual, fechando o trimestre em R$ 5,5 bilhões.
Esse recuo do Ebitda, combinado com um aumento no pagamento de impostos, fez o lucro líquido ajustado recuar -27%, para R$ 1,2 bilhão. Apesar disso, o resultado ficou em linha com estimativas, de acordo com Hungria.
Sendo assim, com um resultado dentro do esperado pelo analista e dividendos polpudos, o analista avalia que a Eletrobras tem um bom potencial de crescimento e está no caminho certo para se tornar uma “vaca leiteira” da bolsa.
“Por 10 vezes lucros esperados para 2026 e bom potencial de crescimento de resultados e dividendos, a Eletrobras segue como uma recomendação de compra da Empiricus”, afirmou.
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