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ESG é ‘a tese da próxima década’ e já entrega retornos relevantes; veja como investir

17 fev 2022, 13:03 - atualizado em 17 fev 2022, 13:03
Pilhas de moedas saindo da terra, com mudas de planta em cima, representando investimentos ESG
Demanda das novas gerações e metas climáticas globais impulsionam o mercado financeiro a seguir tendência ESG; conheça produtos com bons rendimentos para aplicar (Imagem: Shutterstock)

Em outros tempos, antes de colocar um produto financeiro na carteira, bastava você avaliar duas coisas: risco e retorno. Com a chegada do ESG, isso mudou. Agora, os ativos passam não só por uma avaliação técnica de seus rendimentos, mas também por uma consideração criteriosa sobre impactos socioambientais e práticas de governança.

Com o mundo se movimentando em direção a tendências mais sustentáveis e preocupações com questões climáticas e ambientais, faz sentido também que o mercado financeiro reflita essa mudança de perspectiva. Na verdade, a mudança já está acontecendo: no ano passado, a cada US$ 3 dólares investidos em fundos em todo o mundo, US$ 1 foi destinado a fundos ESG, segundo o Bank of America.

“Quando a gente olha pro exterior, a Europa já tem 30 anos à frente do Brasil em relação a investimentos sustentáveis. Todas as assets, fundos, produtos financeiros têm que gerar algum propósito e mitigar os efeitos negativos da atividade da empresa”, explica Beatriz Vergueiro, head de produtos ESG da XP.

Em 2021, a Europa registrou um total de 4 trilhões de euros em ativos de fundos comercializados como sustentáveis, número que representa quase 40% de todos os ativos em fundos da União Europeia, segundo a Morningstar.

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ESG: a tese de investimentos da próxima década

Embora as discussões sobre ESG ainda estejam “engatinhando” no Brasil, as tendências apontam que o tema ficará cada dia mais relevante. É só pensar nas novas gerações. Os Millennials e a Geração Z demandam posicionamentos mais ativos das empresas nos campos social e ambiental. Consequentemente, são também mais criteriosos na hora de decidir para onde vai o seu dinheiro.

E estamos falando de bastante dinheiro. Um estudo feito pelo Credit Suisse mostra que até 2040, essas duas gerações representarão 68% do consumo global, superando US$ 43 trilhões.

Outro fator que contribui para o fortalecimento do ESG são as metas globais definidas em conferências da Organização das Nações Unidas. Exemplo: na COP26, realizada em Glasgow no fim do ano passado, os líderes globais acordaram em estabelecer uma data para o fim do uso do carvão, reduzir emissões de metano e CO2 e finalizar e reverter o desmatamento até o fim da década. Essas resoluções têm impacto direto na atividade econômica de algumas empresas, que precisarão se adequar nos próximos anos.

Para Beatriz Vergueiro, as empresas que integram o ESG em suas estratégias deixam de ser “míopes” para essas tendências. “Quando você olha para o ESG, você está considerando uma série de tendências e riscos que não são considerados na análise tradicional”, diz.

Conheça os fundos ESG da XP; um deles já entregou 38% de lucros em pouco mais de 12 meses

A XP, uma das maiores corretoras do Brasil, foi a primeira a dar o passo rumo ao ESG com o lançamento de produtos específicos para o segmento (clique aqui para conhecer).

“Por mais que já existisse esse movimento aqui, isso ainda não era prioridade de ninguém e aí a gente de fato fez questão de se posicionar assim”, explica Beatriz Vergueiro, head de produtos ESG da XP.

Entre os vários produtos ESG disponíveis na prateleira da corretora, três se destacam:

  • Trend Lideranças Femininas: um dos primeiros produtos temáticos focados na questão social, o fundo replica um ETF estrangeiro que inclui entre 150 e 170 empresas, selecionadas com base no número de mulheres em cargos de alto escalão. Uma parte da taxa de administração é doada para o Instituto As Valquírias, que atua na educação de jovens mulheres no Brasil. Desde setembro de 2020, quando foi lançado, acumula retorno de 38,09%.
  • Trend ESG Global: primeiro fundo ESG da XP e carro-chefe da casa, com versões em dólar e em real. É constituído por 3 ETFs estrangeiros, com empresas que seguem os princípios ESG em países desenvolvidos, em desenvolvimento e emergentes. Desde sua criação, em junho de 2020, já rendeu 37,06%.
  • COE Refloresta: seguindo uma estratégia de filantropia corporativa, a cada R$ 5 mil investidos nesse COE, uma muda de espécie nativa da Mata Atlântica é doada para o Instituto Terra, com foco em reflorestamento. A taxa fixa de retorno é de 3,73% ao ano, com possibilidade de gerar mais lucros caso o COE performe bem
  • Trend Carbono Zero: o fundo está ligado ao mercado de créditos de carbono, através do índice IHS Markit Global Carbon Index, que acompanha a oscilação dos contratos futuros de créditos nas Bolsas europeias e americanas. Desde seu lançamento em junho de 2021, acumula retorno de 22,14%.

Há quem diga que esta preocupação com o social, o ambiental e a governança ‒ os três princípios que estão por trás da sigla ESG ‒ é apenas uma “modinha” ou algo dispensável. No entanto, o histórico de produtos ESG da própria XP mostra que esta “preocupação” gera bons retornos financeiros, além de impactos positivos na sociedade.

Ou seja, ESG também é dinheiro e quem ignorar o segmento, pode perder chances de construir um patrimônio consistente a longo prazo.

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Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduanda na ESPM. É coordenadora de marketing do Seu Dinheiro e do Money Times. Entrou para o mercado financeiro inesperadamente e está sempre disponível para falar sobre inovação, criatividade e cultura pop.
Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduanda na ESPM. É coordenadora de marketing do Seu Dinheiro e do Money Times. Entrou para o mercado financeiro inesperadamente e está sempre disponível para falar sobre inovação, criatividade e cultura pop.