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Fim do bull market? Para CEO da Empiricus, ‘o ano não está perdido’; entenda o que está em jogo para a bolsa e onde investir

20 abr 2024, 12:00 - atualizado em 19 abr 2024, 16:23
Felipe Miranda, CEO da Empiricus Research, acredita que o rali da bolsa não está descartado, mas deve acontecer mais tarde que o previsto (Imagem: Canva)

No segundo semestre de 2023, um dos temas mais comentados pelos mercados era o rali da bolsa brasileira. A expectativa era de que, com o início do ciclo de corte de juros, os ativos de risco entrassem em uma tendência de valorização

Contudo, ao fim do primeiro trimestre de 2024, o que vimos foi justamente o contrário. No ano, o Ibovespa caiu 2%. A essa altura do campeonato, muitos investidores já abandonaram a ideia de um bull market na bolsa.

Mas para o CEO da Empiricus Research, Felipe Miranda, “embora as coisas tenham piorado, o ano não está perdido”. Na visão dele, ainda podemos entrar numa “segunda fase típica de um bull market”. 

Em um relatório publicado recentemente para assinantes, o estrategista-chefe da Empiricus pontuou o que está faltando para bolsa decolar e como o investidor deve se posicionar para buscar geração de renda.

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3 obstáculos para o investidor no atual cenário econômico 

Embora Miranda mantenha uma perspectiva positiva para os ativos de risco brasileiros, ele apontou em seu relatório mais recente que, neste momento, há três grandes forças pesando sobre a bolsa. 

1. Juros americanos

A primeira delas é a taxa de juros nos Estados Unidos, que tem grande impacto na bolsa brasileira. Em março, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA registrou mais uma alta, contrariando as expectativas do mercado.

Assim, diante de um cenário de inflação e economia aquecida, o Fed, Banco Central americano, tem motivos para não cortar juros agora, explicou o estrategista. Inclusive, a expectativa dos mercados com relação a isso reduziu bastante. 

No início do ano, projetava-se ao menos seis cortes na taxa de juros. Agora, a expectativa caiu para apenas dois. Como consequência dessa mudança, os yields dos Treasuries com vencimento em 10 anos dispararam e a aversão ao risco dos investidores aumentou. 

Essa dinâmica é negativa já que, nesse contexto, o investidor internacional tende a abandonar a bolsa brasileira. 

A lógica é a seguinte: se é possível ter retornos de 4,70% ao ano no ativo mais seguro do mundo e em dólar, por que se arriscar em mercados emergentes como o Brasil?

2. Guerra no Oriente Médio

Outro ponto destacado pelo estrategista é a guerra no Oriente Médio. Com a entrada do Irã no conflito, Miranda vê três consequências negativas: 

  1. O aumento das tensões na região;
  2. Risco nuclear; e 
  3. Uma possível escalada do preço do petróleo

3. Política fiscal doméstica

O terceiro obstáculo que Miranda apontou foi o cenário doméstico. O principal ponto citado pelo estrategista no relatório foi a questão da política fiscal.

Recentemente, foi aprovada a liberação de um crédito extraordinário de R$ 16 bilhões. Além disso, o governo revisou para baixo as metas fiscais de 2025 a 2028. 

Antes, o alvo era um superávit de 0,50% do PIB. Agora, o objetivo é déficit zero

Miranda ainda citou as tentativas de interferência política na Petrobras (PETR4), Eletrobras (ELET6) e até mesmo na Vale (VALE3) que, em sua visão, são apenas ruídos, mas aumentam a volatilidade dos papéis e da bolsa como um todo.

Esse contexto interno “transmite uma sensação ruim, de que essa [a política fiscal] não é, nem de longe, uma prioridade da atual administração.”, pontuou. 

Assim, além do aumento do risco-Brasil, o estrategista aponta que as consequências desse cenário são a Selic a 10% nos mercados futuros e o dólar alto, que nos últimos dias chegou aos R$ 5,29

Felipe Miranda reconhece: “não há dúvidas de que o cenário piorou”. Mas, ainda não é hora de abandonar a bolsa brasileira, pois “o rali esperado para os mercados emergentes não foi eliminado, mas atrasado no tempo.” 

‘Segunda fase do bull market’? 3 motivos para acreditar no rali da bolsa

O analista explica que os obstáculos diante da bolsa brasileira, neste momento, não eliminam as oportunidades. Ele ainda aponta 3 motivos para continuar apostando na alta dos ativos de risco brasileiros.

Embora o ciclo de queda de juros ainda não tenha começado nos EUA, ainda assim, a expectativa dos mercados é de juros menores em 2024. 

Assim, mesmo que de forma tardia, a queda dos juros nos Estado Unidos tende a ser positiva, já que “a combinação de juros caindo com crescimento forte nos EUA foi historicamente muito poderosa para ativos de risco”, ressalta.

Com relação à política fiscal, o estrategista-chefe da casa avaliou que um aumento de gastos neste governo não é uma surpresa. Por outro lado, o arcabouço fiscal e a solidez das instituições brasileiras garantem o mínimo para que o país continue funcionando. 

Por fim, ele aponta que “tudo, no fim do dia dos mercados, é uma questão de preço”. Segundo o analista, o Ibovespa negocia a um Preço sobre Lucro bastante baixo e que “o posicionamento técnico é bastante convidativo.”

Em outras palavras, Felipe Miranda acredita que a bolsa brasileira está barata e em um bom ponto de entrada para os investidores que desejam surfar a segunda fase de um potencial bull market

Nessa segunda fase, o lucro das empresas tende a subir por conta do aquecimento da economia. Assim, o ideal agora seria fazer um ajuste na alocação, preferindo por ações de qualidade. Isto é, empresas sólidas, resilientes e menos alavancadas, explica o analista. 

Em seu relatório mais recente, Felipe Miranda, recomendou duas ações e um fundo imobiliário que o investidor deveria ter na carteira neste momento. 

A boa notícia é que você pode ler o relatório completo, de graça. 

Relatório cortesia: leia a tese de investimentos de Felipe Miranda e conheça 11 formas de gerar renda passiva

Investir bem, diante da complexidade econômica do cenário atual, não é algo fácil. Por isso, Felipe Miranda decidiu liberar gratuitamente o seu relatório mais recente. 

Nele, o analista explica de maneira aprofundada tudo o que está em jogo para a bolsa brasileira e como investir neste momento.

Além de ler toda tese macroeconômica e conhecer as indicações do analista, você vai saber em primeira mão mais detalhes sobre o “Projeto Renda”, o plano para poder ter renda pingando na conta todos os meses, elaborado por Felipe Miranda.

A meta inicial deste projeto é ajudar o investidor a buscar um pagamento extra já nos próximos 30 dias. Mas isso é só o começo, pois o treinamento inclui 11 fontes geradoras de renda e diferentes estratégias que podem turbinar seus ganhos mensais. 

Se você ficou interessado em ler gratuitamente o relatório e conhecer mais detalhes sobre o Projeto Renda, é só clicar no botão abaixo: 

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Comunicóloga formada pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É redatora do Money Times, Seu Dinheiro e Empiricus.
Comunicóloga formada pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É redatora do Money Times, Seu Dinheiro e Empiricus.