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Fintechs como Nubank e Picpay investem em IPO no exterior: saiba como você pode investir nelas

31 maio 2021, 12:00 - atualizado em 31 maio 2021, 12:07
Só neste ano, vemos alguns nomes brasileiros de destaque optando por seguir o rumo internacional. Alguns exemplos que ilustram essa tendência são o Nubank e o Picpay. (Imagem: Getty Images)

Nos últimos anos, muitas fintechs brasileiras e não-brasileiras estão realizando IPOs nas bolsas de valores norte-americanas. 

Só neste ano, vemos alguns nomes brasileiros de destaque optando por seguir o rumo internacional. Alguns exemplos que ilustram essa tendência são o Nubank, hoje o quarto maior banco da América Latina, e o Picpay, carteira digital que vem crescendo de forma acelerada— em 2020, a receita da empresa mais do que quadruplicou.

A fintech Robinhood, popular aplicativo de corretagem de ações e cripto norte-americano, também enviou um pedido ao SEC— a CVM americana— em março de 2021 para realizar seu IPO. Em abril, a Coinbase, casa de câmbio digital, abriu capital nos EUA e chegou a atingir US$ 100 bilhões em valor de mercado por um momento. O CEO e os primeiros investidores embolsaram cerca de US$ 5 bilhões apenas no primeiro dia de negociações.

Qual a vantagem do IPO no exterior?

Para as fintechs americanas, as vantagens das ofertas públicas iniciais nos EUA são mais óbvias: ganho de capital, maior liquidez aos acionistas e maior ganho de credibilidade no processo. Então, qual a vantagem da internacionalização do IPO para empresas brasileiras?

Parte desse movimento é justificada pela maior capilaridade do mercado financeiro lá fora. William Castro, estrategista-chefe da corretora Avenue, explica: “o mercado americano já tem um arcabouço institucional muito melhor segmentado e definido. Suas regras, seguidas há um século, acabam servindo de parâmetro para o resto do mundo. Isso traz maior segurança para as empresas que operam ali”.

Além disso, o especialista mostra que isso se traduz em múltiplos bens-maiores.

“Para elas, é um selo de qualidade elas conseguirem se mostrar supervalorosas para investidores que têm um parâmetro internacional”, argumenta.

Importante dizer que essa decisão não é tomada pelas empresas somente pelo número de investidores. Elas também o fazem pela expectativa de aumento tanto de clientes, fornecedores e de capital. E essas bolsas possuem um nível de maturidade maior, mais investidores e maior volume negociado.

“Se fala muito só dos Estados Unidos, mas é importante dizer que eles possuem um mercado internacional. Há fundos e investidores do mundo inteiro ali, além de capital muito mais abundante”, explica Will.

Por exemplo: o Picpay, buscando superar concorrentes como PagSeguro e Mercado Pago, fará sua estreia na Nasdaq, mercado de ações automatizado norte-americano, e planeja arrecadar até US$ 100 milhões. Em uma rodada de captação em janeiro, o Nubank foi avaliado em US$ 25 bilhões, fazendo com que a listagem seja uma das maiores de uma companhia sul-americana nos últimos anos.

“O objetivo de abrir capital nos EUA se dá muito por isso”, diz William. “Ele te coloca em outro patamar de qualidade e regras e te permite acessar com isso volumes bem maiores de dinheiro e investidores.”

Para ele, você ainda abre algumas portas por estar colocando para dentro um investidor mais experiente, que já teve contato com outros mercados. “Você dá um salto de qualidade e profissionalismo muito vantajoso para as empresas: o padrão contábil, a qualidade de informações, os controles todos aumentam”.

Corretoras x BDRs

Sabemos que, hoje, existem dois mecanismos que permitem ao brasileiro investir lá fora: as clássicas corretoras e as BDRs— Brazilian Depositary Receipts— que permitem que o investidor possa investir no exterior pela B3. Em setembro de 2020, a CVM aprovou uma nova regulamentação que permite aos investidores não-qualificados investirem na modalidade.

Para Will, existem alguns pontos relevantes quando pensamos em BDRs. “Você está falando de um mercado que te dá acesso a 10x menos ativos em comparação com o mercado americano. Temos cerca de 600 BDRs no Brasil contra os mais de 6 mil ativos nos EUA. A liquidez também é muito diferente, que muda o preço, quanto você consegue comprar, vender, montar posição etc.”

Além disso, algumas deficiências do BDR tornam ele mais caro devido ao valor do câmbio cobrado pelo banco na hora de comprar e de vender. Quando você investe no exterior, você paga esse valor apenas uma vez. “Você paga o spread, é verdade, mas apenas uma vez, negociando as ações que quiser. Nas BDRs, você precisa pagar o tempo todo”, diz o especialista. No Imposto de Renda, você tem uma isenção sobre ganho de capital de até R$ 35 mil. Nas BDRs, você tem zero de isenção: se lucrou R$ 10 na modalidade, já é necessário pagar imposto.

William complementa: “a B3 e as corretoras brasileiras ganham quando o investidor está no Brasil. Quando ele internacionaliza esses investimentos, não há mais lucro. Por essa razão, há a criação de mecanismos que mantêm o investidor aqui, como as BDRs. Sem contar que essa modalidade sempre foi acessível ao investidor qualificado, que prefere investir diretamente nas Bolsas americanas. Isso já nos diz muita coisa”.

Invista nestes IPOs: conheça a Avenue

Essa tendência de empresas brasileiras fazerem IPO no exterior está apenas começando. O especialista viu o começo desse movimento quando gigantes do mercado como Stone, PagSeguro e Bafta decidiram abrir capital lá fora, e acredita que não deve parar com Nubank e Picpay.

Nos Estados Unidos, as Ofertas Públicas Iniciais funcionam de forma diferente das que são realizadas no Brasil. Nos EUA, as operações não são abertas para todos: é feito um sindicato de bancos que decidem entre si os valores, até comprar todas as ações, distribuindo entre seus clientes institucionais, como assets e gestoras, que, no primeiro dia de negociação, são responsáveis por vender ao grande público.

“É menos democrático, principalmente com varejo ganhando mais espaço e relevância, mas hoje ainda é o modus operandi do mercado. Então, no primeiro dia de negociação, quem tiver conta em uma corretora como a Avenue conseguirá comprar essas ações sem o menor problema”, diz William.

A Avenue é um dos principais nomes nesse mercado. “Montamos uma plataforma que foi feita por brasileiros para brasileiros. A gente é uma empresa americana, sediada e sujeita a todas as regras e regulamentações daqui, mas montamos uma plataforma pensada exclusivamente para o cliente do Brasil.”

Tudo foi pensado para oferecer um produto que, para o brasileiro, seja compreensível; esse é um grande diferencial da corretora. Ela é uma opção democrática: não possui mínimo para investir, não tem taxa de manutenção, de abertura de conta… foi feita para qualquer pessoa começar a dar seus primeiros passos rumo a uma vida financeira internacional.

Para proteger seu capital, a diversificação é a palavra-chave: especialmente com investimentos em moedas fortes. Muitas pessoas acreditam que é impossível investir lá fora, seja pela burocracia ou pelos valores exorbitantes. Will conta: “esses estigmas tem uma relação com a realidade. Quando eu entrei no mercado em 2003, era muito caro investir. Até na própria bolsa, imagine no mercado internacional. Mas, hoje, essa realidade está mudando. A Avenue surge justamente por isso, na busca de criar um produto para todos.”

Com mais de 300 mil clientes, a plataforma pode ser a sua porta de entrada para os investimentos no exterior: você pode começar a investir ainda hoje, de maneira rápida, fácil e segura. Não perca tempo: acesse o link e conheça a corretora.

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