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Fundos Imobiliários podem ser boa alternativa para surfar a onda positiva para o setor
A indústria de Fundos Imobiliários (FIIs) nunca esteve tão aquecida no Brasil. Somente nos últimos dois anos, o número de investidores distribuídos entre os mais de 190 FIIs disponíveis no mercado quadruplicou, saltando de 100 mil para 400 mil.
Ainda é pouco, no entanto, se compararmos aos quase 1,5 milhão de CPFs cadastrados na B3, onde os fundos são negociados. Especialmente se levarmos em consideração as perspectivas bastante positivas para o setor imobiliário no Brasil.
Como se sabe, o atual ciclo de queda na Selic vem renovando o menor patamar histórico para os juros básicos brasileiros, o que, associado a provável retomada da atividade econômica e a uma consequente recuperação da confiança do consumidor, deve impulsionar o investimento do setor privado e estimular a procura das empresas por novas áreas de escritórios, galpões logísticos e shopping centers.
A conjuntura micro, por sua vez, também parece bastante favorável, com a maior parte dos segmentos apresentando uma sólida absorção líquida, queda de vacância e baixa oferta de Área Bruta Locável esperada para os próximos anos, o que deve pressionar a oferta de imóveis no médio prazo.
Não à toa, o IFIX, índice de referência para os fundos imobiliários, apresenta um desempenho muito acima do CDI e do próprio Ibovespa nos últimos doze meses, com um retorno acumulado na casa dos 25%.
Diante do cenário descrito acima, a performance deve se manter positiva não só no restante do ano, mas ao longo de todo 2020 – quando a economia brasileira deve se recuperar com muito mais força.
Portanto, pode sim valer a pena ter uma parcela de Fundos Imobiliários em sua carteira. Principalmente para um povo que tem tradição de investir em imóveis, mas que em sua grande maioria ainda desconhece as vantagens de fazê-lo através da compra de cotas dos FIIs.
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É melhor investir em Fundos Imobiliários ou diretamente em imóveis?
Os Fundos Imobiliários se mostram muito mais interessantes do que o investimento direto em imóveis. Primeiro, porque eles tornam possíveis a qualquer pessoa ter uma participação em grandes empreendimentos de altíssima qualidade e com gestão profissional, antes restrito a uma pequena parcela de abastados.
Além disso, trata-se de uma modalidade bastante indicada para os investidores que desejam receber uma renda periódica, tendo em vista que os FIIs costumam distribuir mensalmente seus dividendos oriundos dos aluguéis – e o que é melhor, isentos de imposto de renda.
Por fim, como os fundos imobiliários têm suas cotas negociadas em Bolsa, existe um leque bastante amplo deles que possuem bastante liquidez. Ou seja, é muito mais fácil e rápido se desfazer das cotas de um FII do que vender um imóvel no mercado, sendo que o cotista ainda pode lucrar com a valorização de seus papéis.
Daniel Marinelli – Analista de Fundos Imobiliários do BTG Pactual digital
