Carreiras

O ‘emprego do futuro’ não é a programação, diz CEO da Nvidia

04 mar 2024, 14:17 - atualizado em 04 mar 2024, 14:17
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Jensen Huang, dono da cadeira máxima da gigante da inteligência artificial, deu sua opinião sobre o futuro do mercado de trabalho em evento (Imagem: Freepik)

Quantas vezes você já ouviu falar que carreiras na área das ciências da computação, TI ou programação são as “profissões do futuro”

Esse discurso tem sido bem comum nos últimos anos, conforme a tecnologia foi ganhando importância e empresas de diversos setores se fizeram presentes no meio digital.

A consequência natural disso é que cada vez mais profissionais migram para essas áreas em busca de maior estabilidade e salários melhores.

Segundo levantamento realizado pela Advance Consulting, em 2022 o setor de TI cresceu 22,9% no Brasil, em comparação com o ano anterior.

E essa tendência também se reflete na procura por profissionais. Segundo dados do portal Empregos.com.br, o número de vagas no setor da tecnologia cresceu 34,3% apenas entre janeiro e outubro de 2022, com 74 mil novas oportunidades dentro da área.

O programador foi o segundo profissional mais procurado no período. Mesmo hoje, em 2024, basta “dar um Google” para provar que existem dezenas (se não centenas) de oportunidades em aberto para quem atua na área.

Mas será que essa “maré boa” para os programadores vai se manter daqui para frente?

Segundo a previsão de um nome influente do ramo da tecnologia, por mais contraditório que possa parecer, a resposta é não.

Jensen Huang, CEO da fabricante de processadores e componentes eletrônicos Nvidia (NVDC34), opinou sobre as “carreiras do futuro” em evento da Cúpula Mundial da Governos. Huang afirmou:

“Nos últimos 10 ou 15 anos, quase todos os convidados que sentaram neste palco disseram que aprender ciências da computação era vital, que todo mundo deveria aprender a programar. E a verdade é praticamente o oposto. O nosso trabalho é criar a tecnologia que torne possível que ninguém mais precise programar.”

A ‘profissão do futuro’ ficou para trás?

A Nvidia, empresa encabeçada por Jensen Huang, ganhou notoriedade no mercado nos últimos anos, por produzir placas de vídeo e outros componentes que possibilitam o desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial.

A empresa disparou mais de 200% nos últimos 12 meses, crescendo em valor de mercado a ponto de se tornar a terceira empresa mais valiosa da Bolsa americana, superando “gigantes” como Amazon (AMZO34) e Google (GOGL34).

Ou seja, está claro que a inteligência artificial é a aposta do momento – e não é só no mundo dos investimentos. 

Como ficou claro pela fala do CEO da Nvidia, existe uma expectativa de que os avanços no campo da IA também afetem o mercado de trabalho, a ponto de modificar aquelas que atualmente são chamadas “profissões do futuro” no setor da tecnologia.

Segundo Huang, a tendência é que a inteligência artificial torne o ato de programar muito mais simples, já que a IA serviria como intermediária entre especialistas de diversas áreas e as linguagens de programação.

“Todo mundo pode ser um programador. Esse é o milagre da inteligência artificial”, afirmou Jensen Huang durante o evento.

Então, o CEO acredita que a inteligência artificial tornará possível que “ninguém mais precise aprender a programar” –  mas o ganho de produtividade resultante disso pode beneficiar outras profissões.

O futuro do mercado de trabalho é agora?

“Se eu fosse começar de novo [no mercado de trabalho], eu perceberia que um dos campos mais complexos e impactantes da ciência é a biologia, e a tecnologia que vai transformar as ciências biológicas em ‘engenharia biológica’ está a caminho”, afirmou Jensen Huang.

Ou seja, o CEO acredita que o futuro das carreiras na área da tecnologia está na intersecção entre ciência e inovação.

Afinal, a “previsão” de Huang é que o avanço da inteligência artificial tornará possível que diversos profissionais possam usar as ciências da computação para trazer mais eficiência a suas respectivas áreas.

Então, o CEO espera que a tecnologia esteja cada vez mais presente no desenvolvimento científico. 

“A ‘biologia digital’ vai ser um campo dentro da engenharia, não só das ciências. Eu espero que isso dê início a uma geração de pessoas que gostam de trabalhar com proteínas, compostos químicos, enzimas, e materiais, e que são capazes de fabricar essas coisas incríveis, que são mais eficientes, mais leves, fortes e sustentáveis.” – Jensen Huang

É claro que precisamos lembrar que é impossível cravar com 100% de certeza o que vai acontecer no futuro.

E, enquanto a “previsão” do CEO da Nvidia não se concretiza, a melhor maneira de se dar bem na sua carreira é se manter informado sobre as tendências do mercado de trabalho.

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Formada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP). Tem experiência como pesquisadora e redatora.
fernanda.lopes@empiricus.com.br
Formada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP). Tem experiência como pesquisadora e redatora.

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