Petrobras (PETR4): dividendos ‘minguaram’ de vez após resultados do 2T25? Saiba se é hora de comprar ou vender

A Petrobras (PETR4) divulgou seus números referentes ao 2º trimestre de 2025 (2T25) ao final do dia na última quarta-feira (7), em meio a grandes expectativas do mercado. Os resultados vieram dentro do esperado, com destaque para:
- Receita de vendas (bruta) de pouco mais de R$ 119 bilhões, queda de 2,6% no comparativo anual (2T24);
- Lucro líquido de R$ 26,6 bilhões, reversão do prejuízo registrado no comparativo anual;
- EBITDA ajustado de R$ 53,2 bilhões, alta de 5,1% no comparativo anual.
Mas, para além dos números consolidados, o mercado aguardava com ainda mais afinco por outro anúncio crucial para os investidores: a distribuição de dividendos.
A Petrobras aproveitou a ocasião para anunciar a distribuição de R$ 8,66 bilhões em dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP) aos acionistas. O valor veio abaixo das expectativas – que já eram baixas.
Com a queda nos preços do barril de petróleo em 2025 até aqui – em meio a fatores como o “tarifaço” de Donald Trump e a redução na demanda por combustíveis na China –, o mercado já precificava que os dividendos da Petrobras pudessem “minguar”, eventualmente.
Considerando que estamos falando de uma das maiores pagadoras de dividendos da bolsa brasileira, qualquer resultado abaixo do esperado já traz certo impacto.
Com isso, as ações reagiram negativamente. Até o fechamento deste texto (durante o pregão), os papéis PETR4 negociavam em queda de cerca de 5% na B3, cotados a R$ 30,90.
Mas isso será um sinal para vender as ações da Petrobras (PETR4) a partir de agora? E, ainda, será que os dividendos da petroleira estão definitivamente ameaçados? Veja as respostas a seguir.
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Petrobras (PETR4): resultados seguem sólidos apesar dos receios, segundo analista
“Mesmo em um trimestre que foi marcado por forte queda do petróleo e receios com tarifas, a Petrobras ainda conseguiu entregar resultados sólidos”, afirma Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, em nota desta sexta-feira (8).
O analista reforça que o aumento na produção do período já compensa parcialmente a queda nos preços do petróleo.
“No 4T24 o mercado puniu o papel após um aumento dos investimentos, o que reduziu pontualmente os proventos. Mas quase todo o investimento extra aconteceu em E&P [exploração e produção] com a intenção de antecipar a produção, [que] deveria ser positiva em termos de valor presente líquido”, afirma.
Logo, com impacto positivo na geração de caixa, o aumento da produção deve, consequentemente, melhorar o dividend yield da petroleira ao longo do ano, segundo o analista:
“Não são muitas empresas que conseguem gerar caixa com o barril de petróleo em US$ 40, mas a Petrobras é uma delas graças ao pré-sal. […] Tudo isso proporciona que ela gere um fluxo de caixa robusto e seja uma das maiores pagadoras de dividendos.“
Petrobras (PETR4): vale a pena comprar ações agora?
As ações da Petrobras (PETR4) seguem como uma recomendação de compra de Ruy Hungria. O analista cita dois motivos em especial que reforçam a manutenção da indicação:
- Valuation atrativo: a ação segue negociada a “apenas” 4x os seus lucros;
- Dividend yield esperado acima de 10%: o que a mantém como uma das maiores pagadoras de dividendos da bolsa brasileira.
Para o analista, os riscos que pairam sobre os papéis (como a volatilidade do petróleo ou até mesmo a volatilidade política no governo brasileiro) já estão precificados.
Assim, a ação faz parte das recomendações de compra de diversas carteiras recomendadas da Empiricus Research. Em especial, aquelas focadas em selecionar as ações mais promissoras da bolsa para buscar dividendos.
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