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Prime Day: não é só Alexa e o Kindle que estão com desconto; ação da Amazon (AMZO34) também está barata, mas será que vale a pena comprar?

12 jul 2022, 8:00 - atualizado em 11 jul 2022, 11:29
Montagem com a fachada da Amazon e Jeff Bezos rindo
Cenário macroeconômico de juros altos e preferência por renda fixa fizeram com que muitas techs ajustassem seus preços (Imagem: Shutterstock/AFP)

Os descontos do Prime Day da Amazon não se resumem só às Alexa’s e Kindle’s: as ações da empresa de Jeff Bezos também estão descontadas. É isto que diz o analista de ações internacionais, João Piccioni.

Em meio a um cenário desafiador para as empresas de tecnologia ao redor de todo o mundo, a “loja de tudo” viu suas cotações caírem e se tornarem mais amigáveis ao investidor, levando ao questionamento: vale a pena investir em Amazon agora?

Em relatório gratuito disponibilizado como cortesia pela corretora Vitreo, Piccioni faz uma análise completa sobre a companhia de Bezos e revela se os papéis estão em oportunidade de compra ou se continuam sobrevalorizados, mesmo com a queda.

Para ter acesso à tese do analista, basta clicar no botão abaixo:

[RELATÓRIO GRATUITO] É HORA DE COMPRAR AMAZON (AMZO34)?

Amazon vai além de Prime Day e compras online

Embora a Amazon seja mundialmente conhecida por sua plataforma de e-commerce, que foi de uma livraria online a uma “loja de tudo”, a empresa de Bezos vai além disso. O negócio pode ser dividido em 5 categorias, todas diretamente relacionadas ao ambiente digital:

  • E-commerce 1P: vendas diretas da Amazon;
  • E-commerce 3P: vendas do marketplace, ou seja, dos sellers que vendem seus produtos através da Amazon;
  • Subscrição: serviços prestados pela Amazon aos sellers, como o “Fulfillment by Amazon” e o nascente “Buy with Prime”;
  • Advertising: receitas com anúncios dentro do marketplace;
  • AWS: infraestrutura em nuvem.

Por atuar em um setor diretamente ligado ao digital, a Amazon foi uma das empresas que se beneficiou com a pandemia e o home office. As compras online escalaram excepcionalmente, assim como os anúncios na internet. Sem contar o serviço de infraestrutura em nuvem que já era amplamente utilizado, sendo o “esqueleto” tecnológico de muitas empresas.

Esse “boom” da empresa de Bezos pode ser visto tanto em seus resultados quanto na cotação de seus papéis. A companhia reportou US$ 116,4 bilhões em receita no terceiro trimestre fiscal de 2022, um crescimento de 7% na comparação anual. No balanço do primeiro trimestre do ano, seu lucro líquido mais do que triplicou, atingindo US$ 8,1 bilhões.

 

Quanto às ações (Nasdaq: AMZN), elas subiram 61% entre março de 2020 (momento em que a Covid começou a tomar proporções mundiais) até março de 2021.

No entanto, o cenário mudou bastante para as techs. O retorno às atividades presenciais veio acompanhado também de um temor inflacionário e do aumento dos juros pelos Bancos Centrais de todo o mundo, afetando diretamente a companhia de Bezos.

É hora de investir em tecnologia?

Acompanhando o noticiário financeiro, é bem evidente que as empresas de tecnologia estão entre as mais afetadas pela queda das bolsas ao redor do mundo. Nos últimos 6 meses, a Nasdaq (bolsa de valores americana que negocia a maioria das empresas de tecnologia) caiu 23,22%, segundo o Google Finance.

Os motivos para a “sangria” das techs no mercado passam pela alta dos juros e por tendências comportamentais dos investidores.

Depois de estímulos econômicos milionários para lidar com a pandemia, a inflação começou a “dar as caras” em muitos países, inclusive no Brasil e nos Estados Unidos. Nesse cenário, os bancos centrais têm subido as taxas de juros, como forma de desacelerar a economia e alta dos preços.

Com os juros mais altos, dois fenômenos impactam diretamente as techs: os produtos de renda fixa (incluindo títulos do Tesouro Direto e os treasuries nos EUA) ficam mais atrativos, levando os investidores a abandonarem a renda variável em busca de boas rentabilidades e menor risco.

E, ao mesmo tempo, as empresas que não geram caixa no presente (como muitas de tecnologia) passam a ser preteridas em relação a outras companhias mais sólidas e resilientes, como aquelas do setor financeiro e de commodities.

Com tudo isso acontecendo, o mercado começou a atualizar os preços (ou valuations) das empresas de tecnologia, que ficaram caras com essa nova configuração macroeconômica.  Acontece que em meio a essas “atualizações”, algumas empresas foram penalizadas além da conta.

Isso tem gerado dúvidas ao investidor, que se depara com os seguintes cenários:

  • Há ações techs que continuam caras, mesmo com a queda, então devem ser vendidas;
  • Por outro lado, há ações techs que foram descontadas até demais, abrindo oportunidade de compra, pensando especialmente no longo prazo.

A questão que paira no ar então é: a Amazon está barata porque todas as techs estão caindo ou foi penalizada além da conta?

A resposta para essa pergunta pode ser encontrada no relatório gratuito abaixo:

O MERCADO ACERTOU OU EXAGEROU NO ‘DESCONTO’ DAS AÇÕES DA AMAZON? VEJA A RESPOSTA NESTE RELATÓRIO GRATUITO

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduanda na ESPM. É coordenadora de marketing do Seu Dinheiro e do Money Times. Entrou para o mercado financeiro inesperadamente e está sempre disponível para falar sobre inovação, criatividade e cultura pop.
Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduanda na ESPM. É coordenadora de marketing do Seu Dinheiro e do Money Times. Entrou para o mercado financeiro inesperadamente e está sempre disponível para falar sobre inovação, criatividade e cultura pop.