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Renda fixa paga 15% ao ano sem preocupações? Analista alerta para ‘risco’ pouco comentado nesta classe de ativos

10 ago 2025, 8:00 - atualizado em 08 ago 2025, 16:03
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Com corte da Selic no radar do mercado, analista defende que expor 100% do patrimônio à renda fixa pode não ser a melhor estratégia; entenda. (Imagem: Montagem Canva Pro)

Com a Selic estacionada nos 15% ao ano, é difícil resistir à tentação de alocar grande parte do patrimônio em renda fixa. Afinal, é possível buscar retornos de dois dígitos sem sair da zona de conforto e com risco praticamente zero.

Desde que os juros começaram a subir, investidores têm deixado ativos mais voláteis de lado, como ações, e corrido para a segurança dos títulos conservadores.

Essa rotação fica evidente com os dados de captação dos fundos brasileiros. Segundo um levantamento feito pela DataBay para o portal de notícias E-Investidor, os portfólios com foco em ações tiveram uma fuga de R$ 37,5 bilhões entre os meses de janeiro e junho de 2025.

Os fundos multimercados também não ficam de fora desse pessimismo. No mesmo período, as carteiras tiveram captação líquida negativa de R$ 68,7 bilhões.

Mas enquanto os fundos de maior risco sofrem retiradas expressivas, a renda fixa “brilhou”. Desde o início do ano, a captação desses portfólios registrou o valor de R$ 68,7 bilhões.

Ou seja, os investidores estão preferindo se expor a taxas atrativas com menos risco. A analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, afirma que o cenário atual é, sim, a hora de aproveitar os rendimentos “gordos” da renda fixa.

Porém, ela alerta para um “perigo” ao se posicionar somente nessa classe de ativos. Embora reconheça que o momento está favorável para investir na renda fixa, a analista defende que tirar o pé da renda variável pode ser um desperdício de potencial lucrativo.

“Eu acho que é arriscado, no sentido de custo de oportunidade, não ter um pezinho na bolsa brasileira com seletividade”, afirmou no programa “Onde investir em agosto”, produzido pelo Seu Dinheiro – portal de notícias parceiro do Money Times.

Ainda assim, não é hora de investir em qualquer empresa, segundo Larissa. Entenda a seguir por que a analista acredita que é importante ter exposição à bolsa e quais são as ações mais indicadas para o cenário atual.

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Ações brasileiras podem se destacar em uma eventual virada dos juros, diz analista

É natural que, em períodos de juros nas alturas, haja um maior foco dos investidores na renda fixa. Ainda mais no cenário atual, em que a taxa Selic está no maior patamar em quase 20 anos.

Mas isso não significa que esse nível de taxa básica vai continuar para sempre e que os títulos de baixo risco permanecerão pagando retornos atrativos.

Após uma sequência de altas expressivas na Selic, o mercado agora já começa a estimar quando haverá uma virada no ciclo dos juros. E é justamente pensando nessa mudança que a analista Larissa Quaresma acredita que é “arriscado” se posicionar somente na renda fixa.

Para ela, o início dos cortes da Selic pode ser um “gatilho” para as ações brasileiras. Afinal, juros mais baixos tendem a impulsionar a bolsa por duas vias:

  1. Melhora do resultado das empresas devido a menores custos de captação – o que chama a atenção do mercado; e
  2. Retornos menores na renda fixa levam os investidores a buscar ganhos mais competitivos em ativos de maior risco.

Essa correlação entre a bolsa e a taxa Selic já foi observada em outros ciclos de quedas dos juros. O gráfico abaixo exemplifica como, desde 2003, o Ibovespa valorizou em ciclos de cortes da taxa básica e vice-versa:

Ou seja, embora não seja possível “cravar” em pedra nenhum movimento no mercado financeiro, a expectativa da analista é de que esse fenômeno se repita quando o Banco Central começar o afrouxamento monetário.

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Entenda por que é preciso aproveitar o timing correto para se posicionar

Como dito anteriormente, Larissa espera que um corte de juros em breve possa impulsionar a bolsa brasileira. Porém, cabe ressaltar um alerta da analista: o timing é extremamente importante para conseguir aproveitar esse movimento.

Afinal, o mercado tende a começar a precificar essas estimativas de virada na Selic antes de o Copom, de fato, decidir o primeiro corte. Pensando nisso, analista da Empiricus defende que é preciso se posicionar desde agora:

“Acreditamos que o corte de juros vai acontecer e que o capital estrangeiro vai continuar fluindo para o Brasil, mas nunca se sabe quando o consenso vai migrar para esse entendimento.

O que conseguimos fazer agora é comprar boas empresas, com valuations atrativos, que ficaram ainda mais promissoras agora”.

Mas não basta investir em qualquer papel. Existem algumas características importantes para selecionar ações atrativas para incluir em carteira agora, segundo Larissa. As empresas devem:

  • Ser pouco alavancadas, que não sofrem tanto com Selic alta;
  • Ter um mercado cativo;
  • Ter vantagens competitivas;
  • Ser de alta qualidade;
  • Ter boa previsibilidade de execução; e
  • Estar em um bom patamar de preço.

Para ela, as companhias que seguem esses critérios podem ser bastante beneficiadas em meio ao início dos cortes de juros no Brasil.

Não é à toa que a analista se debruçou sobre todas as ações da bolsa brasileira e fez uma curadoria das 10 melhores que possuem essas características. Na visão de Larissa, esses 10 papéis são os mais promissores para investir no mês de agosto e manter o pé na renda variável.

As ações recomendadas fazem parte de diferentes setores, como financeiro, commodities, varejo, seguros, energia e outros segmentos. Portanto, trata-se de um portfólio diversificado, mas que combina ativos preparados para “surfar” um cenário de afrouxamento monetário.

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Portfólio preparado para os cortes de juros pode ser acessado gratuitamente

Apenas para dar um “spoiler” dessa carteira recomendada, um dos papéis selecionados é da Eletrobras (ELET6). A ex-estatal de energia elétrica possui resultados mais previsíveis devido aos contratos de longo prazo e acumula uma alta interessante em 2025.

Desde o início do ano, o papel saltou 21%, com destaque para a valorização de 9% na última quinta-feira (7) após a divulgação do balanço do 2º trimestre. Mas a Eletrobras é apenas um exemplo das companhias que podem ser encontradas nesse portfólio recomendado por Larissa Quaresma.

A boa notícia é que é possível acessar a carteira completa sem pagar nem um centavo, graças a uma cortesia para os leitores interessados desta matéria.

Para entender todas as projeções macroeconômicas da analista, bem como saber quais são os 10 papéis recomendados para o cenário atual, basta clicar no botão abaixo e seguir as instruções.

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Formada em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP), já trabalhou com marketing e redes sociais em uma consultoria financeira e é redatora dos portais Seu Dinheiro e Money Times.
giovanna.figueredo@empiricus.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP), já trabalhou com marketing e redes sociais em uma consultoria financeira e é redatora dos portais Seu Dinheiro e Money Times.

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