Saem RD Saúde (RADL3) e Direcional (DIRR3): Empiricus atualiza carteira de ações que rendeu 8,3% em abril

A carteira mensal de ações da Empiricus teve um forte desempenho em abril, acumulando alta de 8,3%, bem acima da valorização de 3,7% do Ibovespa no mesmo período. Para maio, a carteira passou por ajustes: foram retiradas as ações da RD Saúde (RADL3) e da Direcional (DIRR3), com a inclusão dos papéis da Cosan (CSAN3) e do Grupo SBF (SBFG3).
Larissa Quaresma, analista responsável pela seleção, explicou que CSAN3 e SBFG3 foram adicionadas por ainda não terem participado do rali das ações domésticas ocorrido no mês anterior, o que abre espaço para uma possível valorização futura.
“Em ambos os casos enxergamos pontos de entrada atrativos: Cosan, com 58% de desconto de holding, e Grupo SBF negociando a 6,6 vezes o seu lucro projetado para 2025”, disse.
A analista cita que o aumento na Selic ocorrido na última quarta-feira (7) pode ter sido o último deste ciclo. Nesse sentido, as duas ações que entram na carteira são altamente sensíveis aos movimentos da taxa de juro e, consequentemente, podem se beneficiar de uma eventual queda.
Por outro lado, RD Saúde e Direcional, que deixaram a carteira, continuam recomendadas em outros portfólios da Empiricus. No período em que estiveram na carteira mensal, DIRR3 e RADL3 valorizaram 145% e 10%, respectivamente.
Cosan apresenta desconto de holding excessivo, na visão de analista
Fundada em 1936 como uma usina de açúcar produzido a partir da cana, a Cosan é hoje um dos maiores conglomerados de infraestrutura e energia do Brasil. No seu portfólio estão grandes empresas, como a Raízen, Rumo, Compass e Moove.
Segundo a analista, a tese na companhia se baseia em três pilares principais.
Em primeiro lugar, a companhia parece ter ultrapassado seu pico de investimentos. Com isso, a tendência é que a holding reduza seu endividamento ao longo dos próximos 12 meses com a melhora de resultado das subsidiárias e potenciais novas vendas de ativos, segundo a analista.
Em segundo lugar, está a reestruturação da governança da companhia. O novo CEO da Raízen, subsidiária da companhia, assume com a missão de revisar o plano de investimentos da companhia e retomar a geração de caixa, afirma a analista.
“Se bem sucedida, a melhora operacional da Raízen será determinante para a desalavancagem da Cosan, um dos principais gatilhos da tese”, disse.
Por fim, a ação está em ponto de entrada atrativo. Nas estimativas da analista, CSAN3 está com desconto de holding de 58%, enquanto o mais justo seria 25%. “Somente esse fechamento nos dá um upside potencial de 77%. É uma tese bastante correlacionada aos juros, dado o processo de turnaround e redução do endividamento”.
ALÉM DE CSAN3: ACESSE A CARTEIRA COMPLETA DA EMPIRICUS RESEARCH
Grupo SBF não acompanhou rali das domésticas em abril: chegou a hora?
O Grupo SBF é o maior player de varejo esportivo do Brasil, com um faturamento líquido superior a R$ 6 bilhões anuais através de sua operação na Centauro e na Fisia, marca representante e distribuidora exclusiva da Nike no Brasil.
A companhia tem entregado resultados cada vez mais positivos desde o segundo semestre de 2023 e, no último ano, elevou de forma substancial a rentabilidade do negócio, afirma a analista.
Segundo Larissa Quaresma, a tese é sustentada pelo crescimento com rentabilidade na operação da Nike no Brasil, o bom posicionamento para capturar o crescimento estrutural do mercado esportivo impulsionado por uma sociedade cada vez mais preocupada com o bem-estar, e o valuation atrativo das ações.
“A varejista deve continuar entregando forte geração de caixa no ano, ao mesmo tempo em que seu valuation ficou mais atrativo depois da queda de 5% em abril, enquanto o restante do varejo andou bem”, disse.
A analista estima que as ações da companhia negociem a 6,6 vezes os seus lucros estimados para 2025, patamar “significativamente abaixo da sua média histórica e da média do setor”.
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Todos os meses, a analista Larissa Quaresma reúne uma seleção das ações mais promissoras para o período, considerando possíveis gatilhos e preço de entrada favorável para os investidores.
Em 2025, até o fechamento de abril, a carteira montada pela analista rendeu 17,8%, contra 12,3% do Ibovespa.
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