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Small caps brasileiras devem ser a ‘grande porrada de alta’ dos próximos meses, afirma analista; veja em quais investir

03 maio 2025, 8:00 - atualizado em 30 abr 2025, 16:16
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Segundo Felipe Miranda, da Empiricus, alta de 19% do SMAL11 em 2025 pode ser só o começo de uma era positiva para a classe de ativos (Imagem: iStock.com/hernan4429)

O Ibovespa tem se destacado em meio ao cenário conturbado do xadrez geopolítico causado pelo “tarifaço” imposto por Donald Trump. O principal índice da bolsa brasileira acumula alta de 12% em 2025.

Em abril, mês em que os ativos de risco das economias afetadas pela guerra comercial enfrentaram dificuldades, o Ibovespa registrou valorização de 3,7% até o fechamento de terça-feira (29).

Porém, um grupo específico de ativos tem tido um desempenho ainda mais expressivo: as small caps (empresas de menor porte listadas na bolsa).

O SMAL11, ETF que replica o índice das small caps brasileiras, acumula valorização de 19% em 2025. Apenas no mês de abril, a alta é de mais de 8%.

Essa performance não é aleatória. Na visão de Felipe Miranda, CIO e estrategista-chefe da Empiricus, estamos apenas no início de um novo ciclo promissor para as small caps, que ele batizou de Temporada Microcap.

“A última vez que isso ocorreu, a Empiricus nem existia. Foi há 20 anos. Na ocasião, algumas ações subiram mais de 100.000%. Foram as maiores valorizações da história da B3”, disse.

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Quais são os pilares da chamada ‘Temporada Microcap’?

De acordo com Felipe Miranda, há três fatores principais que fundamentam o otimismo com as small caps brasileiras:

  1. Redirecionamento de fluxo de capital dos EUA;
  2. Início de um ciclo de cortes na taxa Selic;
  3. Mudança no cenário político nacional.

Esses três fatores, combinados, tendem a beneficiar significativamente as empresas brasileiras. Vamos explorar cada um deles:

  1. Redirecionamento de capital dos EUA para o Brasil

Mesmo antes da implementação das tarifas por Trump, as ações de tecnologia nos Estados Unidos — que vinham sendo o principal destino dos investimentos globais — já apresentavam perdas bilionárias.

Fonte: Exame

Alguns elementos explicam essa tendência: o avanço da China no campo da inteligência artificial com o projeto DeepSeek; a instabilidade causada por Trump no comando da presidência; e o esgotamento do chamado “excepcionalismo norte-americano”.

Com o anúncio do “tarifaço”, esse movimento ganhou força. O índice Nasdaq, que concentra as empresas de tecnologia americanas, acumula queda de 10% em 2025.

Miranda observa que o mundo viveu “15 anos de sobreoferta do dólar” e que agora seria natural uma correção, com os recursos sendo realocados para economias periféricas e a Europa.

Segundo ele, a América Latina, especialmente o Brasil, é um dos principais destinos desses fluxos de capital. E isso se conecta ao próximo ponto:

  1. Início da redução da Selic

Espera-se que a taxa básica de juros brasileira esteja próxima do seu pico. Segundo o relatório Focus, a Selic deve encerrar 2025 em 15% ao ano e cair para 12,5% ao fim de 2026.

Com o patamar atual em 14,25%, é provável que, após mais um ajuste, o mercado passe a discutir quando e em que intensidade começarão os cortes.

Miranda destaca que a redução da Selic impacta positivamente as ações por três razões:

  • A renda fixa perde atratividade em relação à bolsa;
  • O valor projetado das ações aumenta (re-rating);
  • O custo da dívida corporativa, geralmente atrelado à Selic, diminui – o que melhora os lucros das empresas.
  1. Mudança no panorama político

A América Latina vive uma transição de governos de esquerda para a direita, o que tende a ser bem recebido pelo mercado.

No Brasil, pesquisas indicam que Lula registra sua menor popularidade entre os três mandatos como presidente.

Isso eleva as chances de uma possível eleição de um candidato mais “pró-mercado” e defensor de pautas econômicas liberais.

Como o mercado costuma antecipar movimentos, a simples possibilidade de troca no comando do país em 2026 pode começar a se refletir nos preços dos ativos já no curto prazo.

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Por que as small caps tendem a superar as grandes empresas?

Embora os fatores mencionados beneficiem todo o mercado acionário local, as small caps têm uma vantagem importante: são menos expostas ao cenário externo.

Esse é um dos principais motivos pelos quais o índice de small caps supera o Ibovespa em 2025. Enquanto o Ibovespa reúne várias empresas exportadoras e ligadas a commodities — diretamente impactadas pelas tarifas de Trump — as small caps têm maior dependência do ciclo econômico interno.

A próxima porrada de alta está nas small caps brasileiras”, disse Felipe Miranda. 

Exemplos disso são gigantes como Petrobras (PETR4) e Gerdau (GGBR4), que amargam quedas de -16% e -12%, respectivamente, em 2025.

“Enquanto o mercado tenta entender como as tarifas de Trump ajudam ou atrapalham algumas empresas grandes, outras nanicas com atuação exclusivamente local continuam sua rotina como se (quase) nada tivesse acontecido”, destaca o analista Ruy Hungria, da Empiricus. 

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Temporada Microcap: descubra as ações mais promissoras do novo ciclo da bolsa

É importante destacar que nem toda small cap da bolsa brasileira será beneficiada da mesma forma.

Aquelas com fundamentos consistentes, pouca exposição ao mercado internacional, valuation atrativo e forte potencial de valorização tendem a se destacar.

E são justamente essas empresas que Felipe Miranda quer apresentar ao público durante a Temporada Microcap.

Se você quer saber como acessar essas recomendações e aproveitar esse novo ciclo da bolsa brasileira, clique neste link ou no botão abaixo.

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Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Já trabalhou para o Money Times, Seu Dinheiro e Jornal da PUC, além de colaborar no UOL e Projeto #Colabora. Atualmente é Produtor de Conteúdo na Empiricus.
juan.rey@empiricus.com.br
Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Já trabalhou para o Money Times, Seu Dinheiro e Jornal da PUC, além de colaborar no UOL e Projeto #Colabora. Atualmente é Produtor de Conteúdo na Empiricus.

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