Braskem (BRKM5): Mesmo com saída da Novonor, futuro da empresa continua nebuloso, segundo o BTG Pactual
A Braskem (BRKM5) se prepara para uma reestruturação após a divulgar um novo acordo entre o Shine I FIDC, um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) assessorado pela gestora IG4 Capital, e a Novonor, segundo o BTG Pactual.
Na última segunda-feira (15), houve o anúncio de que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor na Braskem.
Com isso, a Petrobras (PETR4), que também mantém uma fatia relevante na empresa, afirmou que irá acompanhar os desdobramentos e avaliar os termos e condições para decidir sobre um eventual exercício dos direitos de preferência e de tag along (uma garantia para os acionistas minoritários em operações de mudanças societárias) que detém.
Com a negociação, anunciada no início desta semana, a gestora passa a controlar a companhia, sendo responsável por 50,1% do capital votante e 34,3% do capital total.
Nesse cenário, o BTG orientou maior cautela sobre a empresa e mantém a recomendação neutra para a Braskem. Os analistas definiram o preço-alvo das ações a R$ 11,00.
A passagem do bastão da Braskem (BRKM5)
De acordo com o banco “a persistente compressão de spreads, combinada com o aumento das despesas financeiras, vem pressionando a geração de caixa”. Apesar do acordo ser visto como positivo, a postura é cautelosa pelo caminho ainda nebuloso pela frente, com “com resultados provavelmente geradores de diluição para os minoritários”, segundo o BTG.
O relatório também ressaltou a importância do novo acordo para a Petrobras, que possui forte influência operacional sobre a empresa, podendo indicar o presidente do conselho da Braskem os diretores industrial e de operações.
Além disso, a estatal terá quatro cadeiras no conselho de administração.
Por fim, para o BTG, a previsão de 5 anos no processo de reestruturação da Braskem ainda pode ser acelerada, mas é nebulosa para os acionistas, especialmente os minoritários.