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Cooabriel cacifa exportações diretas de café, mas não pensa ficar 100% longe das tradings

06 abr 2021, 11:26 - atualizado em 06 abr 2021, 11:26
Café
Programa para consumo 100% do café com variedade robusta, da Cooabriel, não deve influir nas exportações (Imagem: Pixabay)

A capacidade de exportação direta da capixaba Cooabriel já foi testada. Entrou, em 2020, para o pequeno time de cooperativas cafeeiras que não utilizam mais o canal das tradings, como as grandes mineiras, dá mostras de que conseguirá crescer, mas não conta com metas futuras de chegar a 100% de embarques por conta própria.

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O café da cooperativa de São Gabriel da Palha é o robusta, como quase toda a produção do Espírito Santo, e, na visão conjunta de Edimilson Calegari e Renata Vaz, gerente corporativo e executiva de exportação, não se pode perder vínculos antigos com algumas tradings – ou preservar alguns mercados para elas -, até porque podem propiciar preços diferenciados em certas operações.

As vendas diretas totalizaram 14 contêineres o ano passado, na estreia. Foram cerca de 4,6 mil sacas ou 330 toneladas. Só em janeiro deste ano, esse volume já foi superado.

Mas é preciso ser testado, também, o comportamento dos compradores. Primeiro, que a variedade robusta (ou conilon) é utilizada para blends de café de preço de ‘combate’, e, sobretudo, para produção de solúvel. Ou seja, não chega ao mercado com o currículo do arábica.

Segundo, lembra Renata, a analista de comércio exterior, a venda direta também acabará sendo feita para algumas tradings europeias, que depois pulveriza o café em grãos para muitas pequenas torrefadoras no continente.

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Desse modo, é cedo para averiguar como poderá ser o impacto internacional do programa de qualificação do café proposto pela Cooabriel, envolvendo 6 mil famílias cooperadas, com foco na divulgação de que a bebida feita 100% dessa variedade não fica nada a dever.

A empresa tem marca própria no mercado capixaba, inclusive.

Safra

A Cooabriel já está recebendo os primeiros lotes da temporada. O forte da safra é a partir de maio, quando, inclusive, a qualidade é maior pelos grãos estarem mais amadurecidos.

No total, a cooperativa tem expectativa de receber 1,8 milhão de sacas, quase 400 mil a mais sobre 2020, período de produção menor no geral.

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A Conab acredita em alta de 16% da produção do conilon/robusta na temporada, para 16,6 milhões de sacas, ou pouco menos.

O Espírito Santo, dominante na variedade, pode ter ganho superior a 22%.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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