COP30: As 23 recomendações do setor empresarial para os próximos 5 anos

O Brasil está a menos de 50 dias de receber a COP30, que acontece em Belém do Pará entre os dias 10 e 21 de novembro. E, com a proximidade, a SB COP30 (Sustainable Business COP30) apresentou 23 prioridades para transformar a agenda climática em realidade.
A SB COP30 é uma iniciativa do setor produtivo e empresarial liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). As prioridades foram traçadas na última terça (25), durante a Semana do Clima, que aconteceu em Nova York.
O líder do grupo, Ricardo Mussa, reforça que o setor privado tem um papel imprescindível na transição global para uma economia de baixo carbono e que a articulação junto aos tomadores de decisões é o coração do grupo de trabalho.
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Sendo assim, cada uma das oito forças-tarefas que compõem o SB COP30 apresentou ao menos duas recomendações. São elas:
Transição energética
- Triplicar a capacidade instalada de energia renovável até 2030
- Dobrar a taxa global de melhoria da eficiência energética até 2030
- Acelerar a descarbonização de sistemas baseados em combustão
Economia circular e materiais
- Fortalecer estruturas regulatórias e incentivos para transição circular
- Fomentar a inovação de materiais e gestão de resíduos para reduzir emissões
- Impulsionar a mudança de comportamento por meio de educação e treinamento da força de trabalho
Bioeconomia
- Fomentar a convergência entre as Convenções do Rio (UNFCCC, CBD e UNCCD)
- Posicionar a bioeconomia como pilar estratégico na agenda climática, mobilizando finanças e tecnologia
Sistemas alimentares
- Alinhar uma estrutura global com métricas claras para guiar políticas de agricultura sustentável
- Fomentar a produtividade por meio de inovação e assistência técnica
- Construir novos modelos inovadores de financiamento para apoiar a transição dos agricultores
Soluções baseadas na natureza
- Esclarecer o papel das NbS (nature based solutions) como infraestrutura essencial para o net zero
- Promover a melhoria de padrões de avaliação integrados, considerando serviços ecossistêmicos
- Incluir créditos de carbono de Nbs em estratégias nacionais e esquemas de precificação
Cidades sustentáveis
- Expandir acesso e otimizar redes com tecnologia para energia, saneamento e água
- Promover transporte acessível, expandir mobilidade limpa e integrar sistemas
- Assegurar moradia digna e implementar gestão urbana resiliente ao clima
Finanças de transição e investimentos
- Expandir mecanismos financeiros que abordam barreiras de capital em mercados emergentes
- Alinhar mercados globais de carbono para apoiar o financiamento transfronteiriço
- Destravar fluxos de capital para acelerar a transição de setores de difícil descarbonização
Empregos e habilidades verdes
- Financiar uma transição centrada no ser humano, com metas de emprego verde
- Desenvolver habilidades verdes e digitais da força de trabalho atual
- Qualificar uma força de trabalho futura e resiliente, inovando currículos e modelos de capacitação