AgroTimes

COP30: As 23 recomendações do setor empresarial para os próximos 5 anos

25 set 2025, 15:08 - atualizado em 25 set 2025, 15:08
cop30 semana do clima agenda climática
(iStock.com/Heiness)

O Brasil está a menos de 50 dias de receber a COP30, que acontece em Belém do Pará entre os dias 10 e 21 de novembro. E, com a proximidade, a SB COP30 (Sustainable Business COP30) apresentou 23 prioridades para transformar a agenda climática em realidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A SB COP30 é uma iniciativa do setor produtivo e empresarial liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). As prioridades foram traçadas na última terça (25), durante a Semana do Clima, que aconteceu em Nova York.

O líder do grupo, Ricardo Mussa, reforça que o setor privado tem um papel imprescindível na transição global para uma economia de baixo carbono e que a articulação junto aos tomadores de decisões é o coração do grupo de trabalho.

Sendo assim, cada uma das oito forças-tarefas que compõem o SB COP30 apresentou ao menos duas recomendações. São elas:

Transição energética

  1. Triplicar a capacidade instalada de energia renovável até 2030
  2. Dobrar a taxa global de melhoria da eficiência energética até 2030
  3. Acelerar a descarbonização de sistemas baseados em combustão

Economia circular e materiais

  1. Fortalecer estruturas regulatórias e incentivos para transição circular
  2. Fomentar a inovação de materiais e gestão de resíduos para reduzir emissões
  3. Impulsionar a mudança de comportamento por meio de educação e treinamento da força de trabalho

Bioeconomia

  1. Fomentar a convergência entre as Convenções do Rio (UNFCCC, CBD e UNCCD)
  2. Posicionar a bioeconomia como pilar estratégico na agenda climática, mobilizando finanças e tecnologia

Sistemas alimentares

  1. Alinhar uma estrutura global com métricas claras para guiar políticas de agricultura sustentável
  2. Fomentar a produtividade por meio de inovação e assistência técnica
  3. Construir novos modelos inovadores de financiamento para apoiar a transição dos agricultores

Soluções baseadas na natureza

  1. Esclarecer o papel das NbS (nature based solutions) como infraestrutura essencial para o net zero
  2. Promover a melhoria de padrões de avaliação integrados, considerando serviços ecossistêmicos
  3. Incluir créditos de carbono de Nbs em estratégias nacionais e esquemas de precificação

Cidades sustentáveis

  1. Expandir acesso e otimizar redes com tecnologia para energia, saneamento e água
  2. Promover transporte acessível, expandir mobilidade limpa e integrar sistemas
  3. Assegurar moradia digna e implementar gestão urbana resiliente ao clima

Finanças de transição e investimentos

  1. Expandir mecanismos financeiros que abordam barreiras de capital em mercados emergentes
  2. Alinhar mercados globais de carbono para apoiar o financiamento transfronteiriço
  3. Destravar fluxos de capital para acelerar a transição de setores de difícil descarbonização

Empregos e habilidades verdes

  1. Financiar uma transição centrada no ser humano, com metas de emprego verde
  2. Desenvolver habilidades verdes e digitais da força de trabalho atual
  3. Qualificar uma força de trabalho futura e resiliente, inovando currículos e modelos de capacitação
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.