Coluna do Heverton Peixoto

Copa do Mundo: Por que os seguros são importantes em grandes eventos

02 dez 2022, 15:19 - atualizado em 02 dez 2022, 15:19
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Copa preciosa: seleções como a do Brasil valem bilhões de dólares, e os seguros são fundamentais para protegê-las (Imagem: Divulgação/ CBF)

Os olhos de todo o mundo estão voltados para o Qatar, onde acontece ainda este mês a 22ª edição da Copa do Mundo. A maior competição de futebol do planeta movimenta bilhões de dólares. Em eventos deste porte, os seguros são imprescindíveis, pois dão suporte ao país-sede, aos organizadores, aos atletas e aos turistas.

Para quem não sabe, os seguros para a Copa do Mundo começam a ser tratados logo após a escolha do país-sede. Após definir o local onde será sediada a competição, a Fifa exige que o país cumpra uma série de requisitos, para que todos os investimentos propostos pelo país organizador sejam cumpridos. E, naturalmente, para que a própria entidade esteja protegida.

Segundo a empresa norte-americana de consultoria de finanças esportivas Front Office Sports, o Qatar investiu impressionantes US$ 220 bilhões para receber o Mundial, o equivalente a mais de R$ 1 trilhão! O valor é quase 20 vezes superior aos US$ 11,6 bilhões desembolsados pela Rússia para sediar o mundial de 2018.

Do total investido pelo país árabe, cerca de US$ 2,5 bilhões são gerados em prêmios no mercado de seguros corporativos. Boa parte fica no próprio país e um montante expressivo é migrado para o mercado de resseguros, localizados principalmente em Londres, Singapura e Bermudas.

Dentre os seguros que protegem o país-sede estão o Garantia, que assegura a entrega e pagamento das obras; Riscos de Engenharia, destinados cobrir o período de construção dos estádios; Infraestrutura, que assegura riscos nessas construções; e Patrimonial, oferecem cobertura após a obra ser finalizada.

Outro seguro importante em eventos como a Copa é o de Responsabilidade Civil, que protege todos os envolvidos no torneio. A modalidade cobre danos causados a todos os envolvidos, inclusive, cancelamento ou adiamento do evento. Outros seguros como, transporte de equipamentos, terrorismo, acidentes pessoais, vida e até mesmo as premiações também são contratados.

Além do país-sede, as confederações e federações de futebol que representam os países participantes do torneio também contratam seguros. Há, por exemplo, seguro para o afastamento temporário do jogador lesionado durante o evento.

Ou seja, caso o atleta se machuque durante a competição, o seguro protege o clube com o qual o atleta é vinculado, arcando com todas as despesas médicas e remuneração do jogador pelo período que ficar afastado. E mais. Ele garante indenização ao clube caso aconteça uma lesão permanente ou a morte do jogador.

Copa do Mundo e seguros: As Seleções que valem bilhões de dólares

Seleções como a do Brasil valem bilhões de dólares e não ter um seguro para um atleta disputar o Mundial pode levar à quebra da federação. Basta imaginar o que aconteceria com a CBF caso acontecesse um acidente parecido com o da Chapecoense, que vitimou dezenas de atletas, membros da comissão técnica e dirigentes, anos atrás.

Já imaginou o custo de uma indenização para os clubes de Neymar, Vinicius Junior ou Casemiro? O valor seria praticamente impagável! Por isso, há necessidade de um excelente seguro, com resseguradores sólidos, sérios e com experiência no mercado.

Para muitas pessoas, seguros como esses podem parecer desnecessários. No entanto, alguns episódios trágicos justificam a preocupação, como o atentado terrorista nas Olimpíadas de Munique, ou o acidente com guindaste no estádio de abertura da Copa de 2014, meses antes do evento e que quase provocou o adiamento da abertura.

Mais do que uma competição entre nações, a Copa do Mundo é um grande negócio. Portanto, como todo grande negócio, é fundamental contar com seguros bem desenhados, com grandes limites, capacidades e cláusulas que protegem todos os atores envolvidos na competição, desde o país-sede e a Fifa, até público ou os atletas, que são as estrelas do espetáculo.

A Copa do Mundo ou qualquer outro evento esportivo de grande porte é inviável sem o suporte de seguros corporativos. Com alto grau de complexidade, coberturas específicas e o apoio de consultoria especializada para construir uma excelente estrutura de apólices, asseguram que eventos desse porte aconteçam de maneira segura.

*Colaborou Anderson Romani, Partner Diretor Executivo na Wiz Corporate

Heverton Peixoto é graduado em Engenharia Civil com MBA em Corporate Finance no Insead, França. Possui experiência relevante de mais de 15 anos em diferentes indústrias e segmentos, tendo atuado por 4 anos como Diretor Executivo da Wiz Corporate e 1 ano como Diretor de Transformação Digital da Wiz. Foi também consultor da Mckinsey & Company de 2008 a 2013, participando ativamente de projetos estratégicos no mercado bancário e de seguros da América Latina. Heverton Peixoto iniciou sua carreira na Rede Esho/Grupo Amil, com relevante experiência na indústria de seguros e saúde suplementar.

CEO da Omni
CEO da Omni. Graduado em Engenharia Civil com MBA em Corporate Finance no Insead, França. Possui experiência relevante de mais de 15 anos em diferentes indústrias e segmentos, tendo atuado por quatro anos como Diretor Executivo da Wiz Corporate e um ano como Diretor de Transformação Digital da Wiz. Foi também consultor da Mckinsey & Company de 2008 a 2013, participando ativamente de projetos estratégicos no mercado bancário e de seguros da América Latina. Heverton Peixoto iniciou sua carreira na Rede Esho/Grupo Amil, com relevante experiência na indústria de seguros e saúde suplementar.
CEO da Omni. Graduado em Engenharia Civil com MBA em Corporate Finance no Insead, França. Possui experiência relevante de mais de 15 anos em diferentes indústrias e segmentos, tendo atuado por quatro anos como Diretor Executivo da Wiz Corporate e um ano como Diretor de Transformação Digital da Wiz. Foi também consultor da Mckinsey & Company de 2008 a 2013, participando ativamente de projetos estratégicos no mercado bancário e de seguros da América Latina. Heverton Peixoto iniciou sua carreira na Rede Esho/Grupo Amil, com relevante experiência na indústria de seguros e saúde suplementar.
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