Copasa (CSMG3) entra e CVC (CVCB3) dá adeus ao Ibovespa em janeiro, diz BofA
A Copasa (CSMG3) deve ser a mais nova integrante do grupo seleto de ações que compõem o Ibovespa (IBOV), principal índice da bolsa brasileira, a partir de janeiro. Pelo menos, essa é a expectativa do Bank of America (BofA).
Para os estrategistas de ações do banco, a companhia de saneamento mineira, que caminha para o processo de privatização, é “uma adição provável” ao índice, com participação de cerca de 0,3% na carteira, já na próxima revisão.
A carteira do Ibovespa é rebalanceada a cada quatro meses, com base em alguns critérios.
Entre eles, está o índice de negociabilidade (IN), o volume de negociação e o status da empresa — companhias em recuperação judicial ou cujo preço dos ativos é inferior a R$ 1,00 (penny stock) não são elegíveis, por exemplo. Já o desempenho das ações não é considerado um critério de entrada ou saída no índice.
Hoje, a carteira conta com 84 papéis de 81 empresas brasileiras, com validade até 2 de janeiro de 2026.
Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga três prévias. A primeira delas está programada para 1º de dezembro. As demais devem ser divulgadas nos dias 16 e 29 de dezembro. A nova composição entra em vigor em 5 de janeiro e permanece até o fim de abril.
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CVC (CVCB3) na ‘zona de rebaixamento’
Para o BofA, as ações da companhia de turismo CVC (CVCB3) têm maior probabilidade de serem excluídas do Ibovespa na próxima carteira de janeiro.
“De acordo com nossas estimativas, as métricas de negociabilidade podem estar abaixo do limite para os membros do índice”, avaliam os estrategistas.
Próximas revisões do Ibovespa
A Copel (CPLE3) e a Tenda (TEND3) também estão sendo cotadas como possíveis entradas no Ibovespa em um futuro próximo, segundo os estrategistas do BofA.
As duas empresas “podem ser as próximas a serem incluídas em termos de métricas de negociabilidade, mas precisariam que sua negociabilidade melhorasse em relação ao restante do índice para ter uma probabilidade maior de inclusão”, afirma os analistas Carlos Peyrelongue, David Beker, Mateus Conceição, Paula Soto e Anna Clara Malheiros, em relatório.
Já Braskem (BRKM5) e PetroReconcavo (RECV3) aparecem na “zona de risco” de rebaixamento por terem uma classificação mais baixa do IN (índice de negociabilidade), depois de CVCB3.
“Eles podem correr o risco de serem excluídos em futuras revisões se sua negociabilidade diminuir em relação ao restante do mercado”, diz o BofA.