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Copasa e Sabesp podem disparar mais de 40% com privatizações, diz Credit Suisse

10 out 2019, 9:33 - atualizado em 10 out 2019, 9:33
Copasa
Setor de saneamento básico passa por mudança na regulação (Imagem: Pixabay)

Diante da aprovação da nova proposta de legislação do setor de saneamento básico, o Credit Suisse publicou relatório avaliando as alterações regulatórias, bem como listando prognósticos para as ações de Sabesp (SBSP3), Copasa (CSMG3) e Sanepar (SAPR11).

“Acreditamos que a nova versão da lei pode atrair investimentos pela melhora na regulação, incentivando privatizações e finalmente impondo prazos finais a contratos existentes – e obsoletos”, afirmam os analistas Luis Lima e Carolina Carneiro.

Neste contexto, o banco acredita que o panorama atual se aproxima do cenário mais otimista projetado, com a materialização dos processos de privatização.

A nova lei permite uma extensão única de 5 anos para os contratos de concessão e requere uma cobertura mínima no saneamento básico e no provimento de água potável.

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Cenário otimista

“Neste cenário (possível para a Sabesp e para a Copasa na nossa avaliação), o valor justo das ações seria de R$ 72,39 para as ações da Sabesp e de R$ 96,66 para os papeis da Copasa”, dizem os analistas.

Caso se concretizem as expectativas mais otimistas, as ações da companhia paulista poderiam subir 44,4%. Já os papeis da empresa mineira disparariam 49,3% – de acordo com a cotação de fechamento da última quarta-feira (9).

Recomendações

O Credit Suisse lista recomendação neutra para as ações de Sabesp, Copasa e Sanepar, com preços-alvo de R$ 47,98; R$ 62,07 e R$ 85,94 – nesta ordem.

Caso se materializem as projeções, os papeis das duas primeiras empresas deverão recuar 4,1% e 4,2% em doze meses. Já as ações da companhia paranaense poderão subir 1,2% – segundo o último fechamento.

Já os analistas da XP Investimentos preferem as ações da Sanepar do que os papeis da Sabesp e da Copasa. As primeiras possuem indicação de compra, enquanto as outras duas detêm recomendação neutra.

Os preços-alvo respectivos são de R$ 104; R$ 60 e R$ 72 – upsides (potenciais de valorização) de 22,5%, 19,7% e 11,2% – respectivamente, de acordo com o fechamento anterior.

 

 

 

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
valter.silveira@moneytimes.com.br
Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.