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Copel (CLPE6) mantém previsão de realizar oferta de ações para privatização em outubro

11 maio 2023, 14:47 - atualizado em 11 maio 2023, 15:33
Copel
Em teleconferência de resultados, ele disse que os trabalhos de preparação da oferta estão agora focados em obter “waiver” de debenturistas da Copel e nos processos de valuation e due dilligence (Money Times/ Gustavo Kahil)

A Copel (CLPE6) tem caminhado dentro do cronograma para realizar em outubro a oferta de ações visando sua privatização e transformação em “corporation”, mas ainda não decidiu se a operação envolverá uma emissão primária para levantar recursos para o caixa, apontaram diretores da companhia nesta quinta-feira.

Em teleconferência de resultados, o diretor de Desenvolvimento de Negócios, Cassio Santana da Silva, afirmou que os trabalhos de preparação da oferta estão agora focados em obter “waiver” de debenturistas da Copel e nos processos de valuation e due dilligence.

Entre os próximos passos, espera-se que o Tribunal de Contas da União (TCU) aprove, até o fim deste semestre, o valor do bônus de outorga a ser pago pela companhia paranaense pela renovação da concessão de três hidrelétricas, em processo conjunto com a oferta de ações para privatização.

O governo definiu no mês passado que a Copel terá de pagar 3,72 bilhões de reais pela renovação das usinas, que representam parte importante de seu parque gerador.

“Já tem ministro do Tribunal de Contas sorteado para ser o relator, que é o ministro Anastasia. O processo está bem encaminhado, com uma boa previsão de ser analisado no TCU até o final do primeiro semestre”, afirmou Moacir Bertol, diretor da Copel Geração e Transmissão.

No âmbito do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Paraná, por sua vez, a análise da oferta para privatização tem ocorrido “pari passu” com a evolução do processo, afirmou Silva.

Sobre a realização de uma emissão primária na operação no mercado de capitais, a possibilidade ainda está em estudo pela companhia.

“Estamos avaliando a alternativa principalmente em função do pagamento das outorgas das três usinas e também já pensando na capacidade de investimento da Copel pós-corporation, ou seja, qual é a estrutura de capital mais adequada… Estamos trabalhando em vários cenários”, afirmou o diretor financeiro, Adriano Moura.

Com o foco na oferta de ações, a Copel não deverá participar dos leilões de transmissão de 2023, mas já está avaliando os lotes que serão ofertados em 2024, disseram os diretores.

reuters@moneytimes.com.br