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Copersucar faz lucro da São Martinho disparar, mas ebitda não bate expectativas

10 fev 2020, 20:21 - atualizado em 10 fev 2020, 20:21
(Imagem: Divulgação/São Martinho)

Mais de uma década após se separarem, a Copersucar ainda rende lucros para o grupo São Martinho (SMTO3). Uma indenização recebida pela cooperativa foi a principal razão para que o lucro líquido da São Martinho disparasse 420% entre outubro e dezembro, passando de R$ 66 milhões para R$ 420 milhões.

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O lucro líquido da usina São Martinho saltou 420% entre outubro e dezembro, que corresponde, para a companhia, ao terceiro trimestre do ano fiscal de 2020. Em números, passou de R$ 66 milhões para R$ 342,9 milhões. O resultado foi catapultado pela Copersucar, que recebeu uma indenização

O resultado ficou bem acima do esperado pelo mercado. Segundo um relatório recente do BTG Pactual, os analistas estimavam, na média, um lucro líquido de R$ 182 milhões. Um pouco mais otimista, o BTG esperava R$ 185 milhões.

Os números referem-se ao que corresponde ao terceiro trimestre do ano fiscal de 2020 da São Martinho.

Briga antiga

Nas notas explicativas que acompanham as demonstrações, a usina lembra que a Copersucar foi beneficiada por uma decisão da Justiça, que determinou que o governo federal a indenize, por danos causados pela fixação de preços defasados de açúcar e etanol nos anos 80.

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A decisão é de 2017, e determina que a União pague dois precatórios – um de R$ 5,6 bilhões e outro de R$ 10,6 bilhões. O dinheiro contabilizado nas demonstrações divulgadas nesta segunda (10) referem-se a pagamentos efetuados em dezembro.

Após o pagamento de impostos e a distribuição de valores devidos a outros ex-cooperados da Copersucar, a São Martinho recebeu um valor líquido R$ 349,056 milhões, registrado como outras receitas operacionais. A São Martinho deixou a Copersucar em 2008.

Expectativa

Resta saber como o mercado reagirá aos resultados, no pregão desta terça-feira. Isto porque, como o lucro foi motivado por fatores não-recorrentes, o desempenho de outras linhas importantes para os analistas não foi tão expressivo.

A geração de caixa medida pelo ebitda, por exemplo, cresceu 29,7%, para R$ 541 milhões. O consenso do mercado, contudo, apontava um valor ligeiramente maior (R$ 588 milhões). O BTG Pactual projetava uma cifra ainda maior: R$ 657 milhões.

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A receita líquida, R$ 1,029 bilhão, foi 22,2% maior que a do mesmo período do ano passado. Ainda assim, ficou aquém do R$ 1,174 bilhão projetado pelos analistas, e do R$ 1,22 bilhão calculado pelo BTG Pactual.

Veja, a seguir, a íntegra das demonstrações financeiras da São Martinho.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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