Copom deve ditar tom da agenda da próxima semana; Lula volta à Europa

Siga o MT no Youtube

A pauta econômica deve ditar o tom da agenda política na próxima semana. Isso porque o Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central (BC) vai se reunir entre os dias 2 e 3 de maio para definir o rumo do juro básico no país.

Atualmente em 13,75% ao ano, o elevado patamar da Selic tem gerado atritos entre a autoridade monetária e parcela da classe política. Além de membros do governo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), se juntou ao coro de críticas ao BC na última semana.

Outros assuntos que devem movimentar a agenda são o aumento real do salário mínimo e a atualização da tabela do imposto de renda. Segundo o governo, ambas as medidas passarão a valer em maio.

Lula volta ao Velho Mundo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcará novamente para a Europa, no próximo quinta-feira (4), desta vez com destino a Londres, capital do Reino Unido.

Ele vai acompanhar a cerimônia de coroação do Rei Charles III. Segundo o Palácio do Planalto, a visita à Inglaterra inclui também uma reunião bilateral entre Lula e o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que é o chefe de governo do Reino Unido.

Esta reunião deverá ser realizada no dia 5. Já a coroação, que reunirá dezenas de chefes de Estado, ocorrerá no dia 6 de maio.

Câmara sem Lira

Quem também viaja na próxima semana é o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), que vai embarcar para Nova York na próxima quarta-feira (3) e deve retornar ao país somente em 10 de maio.

Leia também

Investimentos

Verde Asset vê corte de juros nos EUA como ‘inexorável’ e se posiciona para captar cenário

Economia

Fitch: “Não vemos o Brasil recuperar o grau de investimento no curto prazo”

Moedas

Dólar aprofunda queda global e pode ficar abaixo dos R$ 5,40; veja projeções do BTG Pactual

Com isso, a estimativa de que o arcabouço fiscal seria aprovado na Câmara até o dia 15 de maio foi pelos ares.

Segundo aliados de Lira, a votação do texto em plenário só vai acontecer quando o presidente da Câmara voltar ao Brasil, o que praticamente inviabiliza a possibilidade do texto ser aprovado na primeira quinzena de maio.