Economia

Copom deve manter taxa Selic em 6,5%, aposta Itaú Unibanco

18 mar 2019, 10:08 - atualizado em 18 mar 2019, 10:11
Banco prevê juro estável (Foto: Money Times)

Por Investing.com

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Na próxima quarta-feira, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anuncia o resultado da segunda reunião do ano, a primeira sob o comando da nova presidência. Na visão do Itaú Unibanco (ITUB4), a taxa Selic deve mantida em 6,5%, levando em consideração as projeções de inflação ancoradas em torno das respectivas metas até 2021, em um contexto em que o nível de capacidade ociosa na economia permanece elevado.

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O Itaú entende que comitê deve enfatizar que a condução da política monetária se manterá vigilante e que preservará sua flexibilidade para reagir a desvios com relação ao seu cenário base. Para a equipe do banco, os desvios podem decorrer, principalmente, de frustrações com a atividade econômica que pressionem a trajetória de inflação para abaixo das metas, bem como pressões globais e riscos de frustração com reformas que venham a atuar em sentido oposto.

Eles destacam que o comunicado e a ata da reunião do Copom de fevereiro apontavam para trajetória inflacionária prospectiva mais benigna, com projeções que são consistentes com a trajetória de metas em horizontes mais longos. Adicionalmente, o comitê avaliou que seu balanço de riscos segue assimétrico para o lado inflacionário, mas tem se deslocado em direção à neutralidade, principalmente devido ao ambiente externo, que agora contempla uma possível intensificação da desaceleração global.

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Para o Itaú, não seria surpreendente, dados os discursos recentes de novos membros, que o Copom destaque o quadro de recuperação aquém do esperado da atividade econômica. Apesar disto, o banco entende que o comitê continuará sinalizando um balanço de riscos mais assimétrico para o lado inflacionário, já que este quadro pode ser rapidamente alterado, para pior, caso a reforma previdenciária não avance no ritmo e na intensidade esperados.

Focus

Mais cedo, o Banco Central (BC) divulgou a edição do relatório Focus da semana apontando para uma nova leve elevação do IPCA no fechamento de 2019 indo de 3,87% para 3,89%. Para a taxa de câmbio, a moeda deve fechar o ano a R$ 3,70, mesmo patamar em relação à estimativa anterior.

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Depois de fechar 2018 a 6,50%, a projeção de 2019 foi mais uma vez mantido em 6,50% ao ano, reforçando a tendência de que o BC não deve mexer nos juros neste ano. Já para 2020, a aposta foi reduzida de 8,00% para 7,75%.

Em relação ao crescimento da economia brasileira, a pesquisa Focus voltou a reduzir a aposta do PIB de 2019 de 2,28% para 2,01%, e manteve para 2020 a projeção de 2,80%.

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investing@moneytimes.com.br