Economia

Copom joga possibilidade de cortes da Selic para o 1º trimestre de 2026, diz Megale, da XP

18 set 2025, 7:30 - atualizado em 17 set 2025, 20:38
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Copom mantém Selic estável em 15%. (Imagem: Agência Brasil)

O comunicado “duro” do Comitê de Política Monetária (Copom) ao manter a Selic estável em 15% pela segunda reunião consecutiva joga a possibilidade de cortes para o primeiro trimestre de 2026, afirma o economista-chefe da XP, Caio Megale.

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Segundo Megale, o Copom agiu conforme o esperado ao realizar a manutenção da taxa de juros e sinalizar que deve permanecer nesse patamar por um período prolongado. No entanto, dois pontos do comunicado surpreenderam o mercado.

O primeiro foi manter a ressalva de que a taxa poderia voltar a subir, se necessário. “A maioria do mercado entende que os juros vão ficar em 15%. Não se cogita aumentar juros por conta da melhora recente no câmbio e nas expectativas.”

O segundo ponto, segundo o economista, está relacionado às projeções de inflação. O Copom apresentou uma estimativa para o primeiro trimestre de 2027 em 3,4%, acima da expectativa média do mercado, que variava entre 3,2% e 3,3%.

“Dez pontos-base um pouco para cima ou para baixo parece pouco, mas a sinalização é importante. Ao ficar em 3,4%, é um sinal claro de que as projeções ainda sugerem uma inflação significativamente acima da meta e, portanto, é um desafio importante de política monetária adiante”, afirmou Megale.

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O economista destacou que a decisão reforça a expectativa de que cortes de juros no curto prazo — até o final deste ano — são improváveis.

“O BC está claramente jogando a possibilidade de pensar em flexibilização da política monetária para o primeiro trimestre do ano que vem e não para o curto prazo.”

Segundo Megale, a decisão do Copom está alinhada com o cenário projetado pela XP, indicando que a abertura para cortes deve ocorrer gradualmente a partir do início de 2026, com ajustes de 0,50 ponto. Os ajustes da Selic devem ir até o patamar de 12%.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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