Economia

Morgan Stanley vê disputa acirrada sobre futuro da Selic; veja o palpite do banco

16 jun 2025, 12:16 - atualizado em 16 jun 2025, 12:19
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Reunião do Copom acontece nos dias 17 e 18 de junho. (Imagem: Agência Brasil)

O Morgan Stanley avalia que a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana deve ser marcada por uma disputa acirrada entre a manutenção da Selic e uma alta de 0,25 ponto percentual (p.p.). A avaliação leva em conta a resiliência da atividade econômica, mesmo diante de uma dinâmica inflacionária mais benigna.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro voltou a acelerar e cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025 (1T25).

A inflação, por outro lado, tem perdido força ao longo do tempo e desacelerou para 0,26% em maio. Já as expectativas para este e o próximo ano foram cortadas para 5,25% e 4,50%, segundo o último Boletim Focus.

Os riscos para um aumento adicional na taxa básica de juros aumentaram nas últimas semanas, após uma comunicação “mais agressiva” do Banco Central (BC), com foco na resiliência da atividade econômica.

Na opinião do banco, no entanto, o Copom deve manter a taxa básica de juros no patamar de 14,75% ao ano na decisão dos dias 17 e 18 de junho.

Os diretores devem reforçar a cautela na avaliação dos impactos defasados ​​do ciclo de aperto monetário, além de reiterar uma postura mais dura (hawkish).

“Até o momento, temos favorecido posições compradas em taxas na parte inferior das curvas DI e NTN-B, devido à incerteza persistente sobre o fim do ciclo de alta”, dizem os economistas.

De qualquer forma, se o Copom elevar ou não a Selic, o Morgan Stanley espera que os diretores não apresentem projeções futuras e se mantenham à mercê de dados (data dependency).

Cortes na Selic ficarão para 2026

Os economistas do Morgan Stanley esperam que o Copom inicie o ciclo de flexibilização da política monetária apenas no primeiro trimestre de 2026 (1T26).

Segundo eles, as expectativas de inflação permanecem desancoradas e a atividade econômica continua mostrando sinais de resiliência, sugerindo que a desaceleração do PIB pode ser mais branda.

Além disso, um aumento no ruído fiscal próximo ao final do ano deve corroborar com o atraso do ciclo de cortes. A equipe do banco já prevê que o governo deve discutir gastos adicionais como parte do orçamento para 2026.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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