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Coronavírus contamina ações da Ásia com exposição à China; setores aéreo e turístico pesam

28 jan 2020, 8:48 - atualizado em 28 jan 2020, 8:50
Coronavírus Saúde
Crescente preocupação com o impacto das proibições globais de viagens associadas a um surto de vírus (Imagem: Reuters/Carlos Garcia Rawlins)

Ações de empresas altamente expostas à economia da China despencaram por toda a Ásia nesta terça-feira devido à crescente preocupação com o impacto das proibições globais de viagens associadas a um surto de vírus, apesar da alta em algumas ações envolvidas em saúde preventiva.

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Depois que os Estados Unidos e o Canadá alertaram contra viagens para a China — onde se acredita ter surgido o novo coronavírus — as ações australianas voltaram a recuar acentuadamente depois de um feriado no dia anterior.

O índice de referência S&P/ASX 200 caiu 1,4%, pressionado pelas ações expostas à doença que matou mais de 100 pessoas e infectou mais de 2.700.

As ações de companhias aéreas e agentes de viagens recuavam acentuadamente em meio ao cancelamento de viagens de e para a segunda maior economia do mundo, enquanto as empresas com uma exposição indireta aos gastos dos consumidores chineses no exterior, como cassinos e varejistas de luxo, também caíam.

As ações de companhias aéreas e agentes de viagens recuavam acentuadamente em meio ao cancelamento de viagens para a China (Imagem: Unsplash/@hal9001)

“Não sabemos quanto tempo isso vai durar”, disse Peter Costello, chairman do fundo soberano de 115 bilhões de dólares da Austrália, o Future Fund, em um briefing que coincidiu com uma atualização regular do portfólio.

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“Obviamente, esperamos que as medidas que foram tomadas agora contenham o vírus, mas ainda é muito cedo. Isso terá um óbvio efeito negativo sobre a economia australiana e muito além”, acrescentou Costello, ex-tesoureiro australiano.

Com os mercados chineses fechados para o feriado de ano novo de uma semana, outros mercados de ações na Ásia estavam sentindo um impacto enorme das preocupações dos investidores.

As fabricantes sul-coreanas de cosméticos — altamente dependentes dos turistas chineses que viajam para Seul — perderam, com Tonymoly e Able despencando mais de 12% e 15%, respectivamente, nesta terça-feira.

A empresa de viagens japonesa H.I.S., dona de um parque de diversões popular entre os turistas chineses em Nagasaki, caiu mais de 14% desde o início da semana passada.

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As ações da maior companhia aérea australiana, Qantas Airways, caíram 5% nesta terça-feira, enquanto a agência de viagens Webjet recuou 11%. As duas principais companhias aéreas da Coréia do Sul, a Korean Air Lines e a Asiana Airlines, cederam 6% e 5%. A Japan Airlines perdeu 7,9% e a companhia aérea ANA Holdings recuou 6,0%.

Outros mercados de ações na Ásia estavam sentindo um impacto enorme das preocupações dos investidores (Imagem: Reuters/Kim Kyung-Hoon)

Enquanto isso, os operadores apontam para empresas que podem gerar vendas a partir de esforços para conter a disseminação do coronavírus como perspectiva de investimento.

As ações da produtora de máscaras sul-coreana Monalisa subiram 29%, enquanto as farmacêuticas sul-coreanas Kukje Pharma e Woojung Bio saltaram 29% e 21%, respectivamente, nesta terça-feira.

A japonesa Kawamoto, que fornece produtos médicos, incluindo máscaras, triplicou os preços das ações, enquanto a fabricante japonesa de roupas de proteção Azearth disparou 53% na última semana.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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