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Coronavírus leva BTG Pactual a cortar pela metade o preço-alvo do Burger King

18 maio 2020, 13:29 - atualizado em 18 maio 2020, 13:29
Sanduíche do Burger King
Chapa quente: curto prazo do Burger King será de renegociação com fornecedores e parceiros(Imagem: Divulgação/Burger King/Facebook)

O BTG Pactual (BPAC11), literalmente, cortou pela metade o preço-alvo do Burger King Brasil (BKBR3) para os próximos 12 meses, reduzindo-o de R$ 26 para R$ 13. A recomendação, contudo, permanece de compra, e o potencial de valorização é de apetitosos 48%, considerando-se a cotação usada como referência pelo banco.

Luiz Guanais e Gabriel Savi, que assinam o relatório, esclarecem que a revisão das estimativas não é culpa do Burger King, mas, só para variar, do impacto econômico causado pela pandemia de coronavírus.

A dupla afirma que, em 2020, o setor de fast-food operará no “modo de sobrevivência”, priorizando o corte de custos, renegociando contratos com fornecedores e se adaptando a novos canais de venda, como o online.

Embora o cenário tenha se complicado exponencialmente, o BTG Pactual acredita que ainda há espaço para consolidação do setor, liderada pelas companhias mais capitalizadas, já que o mercado brasileiro é muito fragmentado.

O banco estima que as redes de fast-food representem apenas 30% do mercado de refeições rápidas por aqui, ante 60% nos Estados Unidos.

Cardápio de tarefas

“As vemos [as cadeias de fast-food] numa posição ainda mais forte para aumentar sua fatia de mercado nos próximos anos”. Em particular, o Burger King sofreu, nos últimos anos, com a pesada concorrência do Mc’Donald’s, com uma estrutura de delivery ainda pouco desenvolvida e com a competição de empresas regionais.

Mas, se souber conciliar uma excelente gestão de projetos e do dia a dia da companhia, com a aceleração da migração para o modelo omnichannel, o fortalecimento da relação com os clientes e um sólido balanço, o BTG Pactual enxerga motivos para que o Burger King seja um atraente investimento de longo prazo.

Por isso, o grande corte do preço-alvo, anunciado nesta segunda-feira (18), baseia-se numa combinação de análise fundamentalista (peso de 50%) com análise de múltiplos (peso de 50%). Na primeira, o custo de capital do acionistas foi estabelecido em 9% ao ano, e taxa de crescimento de 4,5%.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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