Economia

Coronavírus x economia: já dá pra ver o fim do poço (menos, no Brasil)

29 maio 2020, 15:13 - atualizado em 29 maio 2020, 15:45
Coronavírus Cemitério
Longe do fim: Brasil ainda não chegou ao ponto de virada da pandemia de coronavírus, segundo a LCA (Imagem: Reuters/Ricardo Moraes)

A maioria dos países parece ter passado pelo pior momento da pandemia de coronavírus e, portanto, sua atividade econômica começa a dar sinais de reação. Já o Brasil ainda está distante do ponto de virada, já que a curva de contágio continua acelerando. A avaliação é da consultoria econômica LCA.

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Em relatório a clientes, a LCA afirma que as sondagens dos últimos dias indicam que o pior da pandemia foi ultrapassado “na virada de abril para maio”.

E acrescenta: “essa percepção tem se refletido em melhora do humor nos mercados financeiros mundiais, moderação no grau de aversão global ao risco e descompressão cambial nas principais economias emergentes.”

Apesar disso, a LCA lembra que muitas incertezas preocupam economistas, governos, investidores e a população em geral. A primeira é a possibilidade de novas ondas de contaminação, à medida que as atividades não-essenciais voltarem a funcionar. A segunda é o acirramento das tensões entre os Estado Unidos e a China.

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No Brasil, as perspectivas ainda são negativas. “Continuamos a alertar que os riscos para a recuperação da economia brasileira continuam significativos”, afirma a análise. Os dois principais fatores que preocupam a LCA é a curva de contágios, que ainda está acelerando por aqui, e o acirramento das tensões políticas entre os três poderes.

“O recrudescimento de animosidades políticas e de riscos fiscais parece vir sendo percebido como mais intenso no Brasil do que na média das demais economias”, afirma a consultoria. “Diante do distanciamento entre poderes, a chance de retomada de reformas nos próximos anos parece limitada”, acrescenta.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.