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R$ 4 bilhões em déficit: Correios apresentam medidas para recuperar finanças; confira

29 dez 2025, 11:53 - atualizado em 29 dez 2025, 11:57
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Correios enfrentam déficit estrutural de R$ 4 bilhões por ano e anunciam plano de reestruturação com empréstimo de R$ 12 bilhões. (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, afirmou nesta segunda-feira (29) que a estatal enfrenta um déficit estrutural de mais de R$ 4 bilhões por ano, decorrente do cumprimento da universalização do serviço postal em regiões remotas. Segundo ele, 90% das despesas da empresa têm caráter fixo, sendo que a folha de pagamento representa 62% do total.

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Rondon destacou que o modelo tradicional dos Correios sofreu uma mudança significativa em 2016, quando as encomendas passaram a superar as cartas como principal fonte de receita.

“Essa inflexão ocorreu também em outros países. No Brasil, o monopólio das cartas em centros urbanos não é mais suficiente para financiar as comunicações físicas em áreas deficitárias”, afirmou.

A estatal acumulou prejuízo superior a R$ 6 bilhões entre janeiro e setembro de 2025, com déficits recorrentes desde 2022 que já ultrapassam R$ 10 bilhões.

Plano de reestruturação dos Correios

A primeira fase do plano anunciado por Rondon prevê a recuperação do caixa da companhia até março de 2026. “Sem intervenção, o resultado seria um prejuízo de R$ 23 bilhões em 2026. A correção de rota precisa ser rápida”, afirmou. Entre as medidas, estão revisão da governança, definição de metas para funcionários e reconhecimento por desempenho.

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A estatal assinou empréstimo de R$ 12 bilhões com cinco bancos — Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal — que, segundo Rondon, permitirá a adimplência da empresa, recuperação da qualidade operacional e retomada da confiança do mercado.

A segunda fase, prevista para 2026 e 2027, incluirá reorganização de pessoal, parcerias estratégicas, redesenho de operações e gestão de ativos, com expectativa de gerar impacto positivo de R$ 7,4 bilhões.

Rondon reforçou que a reestruturação é necessária para garantir a sustentabilidade da empresa e manter a universalização do serviço postal no Brasil.

O presidente também destacou que a terceira fase do plano de reestruturação será voltada ao crescimento e à modernização da companhia. “A terceira fase é para preparar a empresa para um novo modelo de negócio, modernizando a sistemática de operação e garantindo sustentabilidade em médio e longo prazo”, afirmou.

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*Com informações do Estadão Conteúdo

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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