Correios: Haddad afasta privatização e condiciona resgate a “plano consistente” de reestruturação
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (26) que não há no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva um debate sobre privatização dos Correios.
Ao mesmo tempo, ele condicionou um aval do Tesouro Nacional de resgate da estatal à apresentação de um plano de reestruturação “consistente” por parte da atual diretoria da empresa.
Em entrevista à GloboNews, Haddad disse que somente “muito recentemente” foi informado do “quadro real” dos Correios, que enfrenta um rombo bilionário, e disse ter confiança que a atual diretoria da estatal apresentará um plano que faça sentido.
“O que nós falamos é o seguinte: qualquer solução para esse caso vai passar necessariamente por um plano de reestruturação. Não há como pensar em algo que não passe por um plano de reestruturação aprovado pelo Tesouro Nacional, que é de quem se pede o aval justamente para conseguir viabilizar financeiramente esse plano”, disse.
- SAIBA MAIS: Investir com inteligência começa com boa informação: Veja as recomendações do BTG Pactual liberadas gratuitamente pelo Money Times
Reestruturação
Na semana passada, os Correios informam que aprovaram seu plano de reestruturação, um conjunto de medidas que, segundo a estatal, é decisivo para garantir a sustentabilidade financeira da empresa e permitir o retorno ao lucro em 2027. A aprovação ocorreu na quarta-feira (19), após avaliação das instâncias de governança.
A empresa afirma que, para assegurar liquidez imediata, deve concluir até o fim de novembro uma operação de crédito de até R$ 20 bilhões.
O aporte é considerado essencial para viabilizar a transição estrutural prevista no plano, elaborado após diagnóstico que apontou queda de receitas, aumento de custos e necessidade de modernização do modelo de negócios.
De acordo com os Correios, a reestruturação está dividida em três fases — recuperação financeira, consolidação e crescimento — e prevê ações como Programa de Demissão Voluntária, revisão do plano de saúde, adimplência integral com fornecedores e modernização operacional e tecnológica.
*Com informações da Reuters