Investimentos

Corretora 4XC não tem autorização para atuar no Brasil e é irregular, alerta CVM

21 out 2023, 17:49 - atualizado em 21 out 2023, 17:50
4XC 4xCube alerta CVM atuação irregular sem autorização para operar no Brasil
Aqui não: CVM breca assédio da 4XC a potenciais clientes no Brasil e alerta para operação irregular (Imagem: Divulgação/ 4XC)

A corretora 4XC, controlada pela 4XCube, não tem autorização para abordar investidores brasileiros e captar recursos no país, e está operando, portanto, de modo irregular. O alerta foi emitido nesta sexta-feira (21) pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Segundo o órgão regulador do mercado, a empresa tem contatado potenciais clientes no Brasil, convidando-os a abrirem uma conta em sua plataforma, que possui também uma versão em português, disponível pelo endereço https://4xc.com/pt/.

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A CVM acrescenta que “determinou à corretora [4XC] e à empresa [4XCube] a imediata suspensão qualquer oferta pública, de forma direta ou indireta, a investidores residentes no Brasil de oportunidades de investimento em valores mobiliários, pelo fato de não integrarem o sistema de distribuição previsto no art. 15 da Lei 6.385.”

A autarquia determinou, ainda, uma multa diária de R$ 1 mil, em caso de descumprimento da determinação.

4XC estimula clientes a apresentarem mais clientes em troca de comissões

A sede da 4XC fica em Rarotonga, a maior das Ilhas Cook e com pouco mais de 14 mil habitantes. As ilhas Cook ficam próximas da Nova Zelândia.

No site em português, a 4XC afirma oferecer “condições de trading de outro mundo”. Entre as supostas vantagens ofertadas aos clientes, estariam a taxa de corretagem de 0% e a possibilidade de operar altamente alavancado, numa proporção de 1:500.

A 4XC chama a atenção, também, por uma prática incomum no mercado de corretagem. Seus clientes são convidados a se tornarem “sócios” – introducing brokers, nos termos da corretora -, e, como tais, são estimulados a apresentar novos clientes. Como recompensa, a 4XC promete dividir comissões e spreads com o “sócio” que apresentar novos clientes.

Veja a íntegra do alerta da CVM sobre a atuação irregular da 4XC no Brasil.

“A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alerta ao mercado de capitais e ao público em geral sobre a atuação irregular da corretora 4XC, de responsabilidade da empresa 4xCube Ltd.

De acordo com a Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediário (SMI), foram identificados indícios de que a corretora vem buscando captar clientes residentes no Brasil para a realização de operações com valores por meio do site https://4xc.com/pt/.

ATENÇÃO

A corretora 4XC e 4xCube Ltd não possuem autorização da CVM para captar recursos de investidores para aplicação em valores mobiliários.

Determinação

Por meio do Ato Declaratório CVM 21.352, a Autarquia determinou à corretora e à empresa a imediata suspensão qualquer oferta pública, de forma direta ou indireta, a investidores residentes no Brasil de oportunidades de investimento em valores mobiliários, pelo fato de não integrarem o sistema de distribuição previsto no art. 15 da Lei 6.385.

Caso a determinação da CVM não seja adotada, a corretora, a empresa e qualquer pessoa que venha a ser identificada como participantes dos atos irregulares estarão sujeitos à multa cominatória diária no valor de R$ 1.000,00.

Lembre-se!

Caso seja investidor ou receba proposta de investimento por parte das empresa citadas, entre em contato com a CVM por meio do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), preferencialmente fornecendo detalhes da oferta e a identificação das pessoas envolvidas, a fim de que seja possível a pronta atuação da Autarquia no caso.”

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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