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Corte de recursos no próximo plano safra preocupa agricultura familiar

22 abr 2021, 17:29 - atualizado em 22 abr 2021, 17:29
Congresso
Devido às despesas do governo federal com a pandemia no ano passado, o orçamento deste ano foi reduzido em todas as áreas (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

O próximo Plano Safra do Governo Federal, a ser anunciado em junho, para o período 2021/2022 pode ter redução de recursos financeiros.

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional, que aguarda sanção da presidência da República, estabelece, corte de 40% no Pronaf.

Foram R$ 2,5 bilhões a menos para a equalização de juros do crédito rural no texto aprovado pelo Congresso, a maior parte do Pronaf, que atende a agricultura familiar.

Outras áreas da agricultura também serão atingidas, por exemplo, o Pronampe, que atende a média e grande agricultura.

Em informações apuradas pela equipe do Money Times a ministra Tereza Cristina tem conversado com o presidente Jair Bolsonaro e com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para demonstrar a importância de não haver cortes no Plano Safra, já que o agronegócio tem dado respostas positivos mesmo em meio à pandemia.

Pequenos produtores 

Em busca de alternativas para o custeio de safras dos pequenos produtores o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) reuniu-se nesta quinta-feira (22) com autoridades do sistema financeiro nacional e dos ministérios da Economia e Agricultura.

O encontro realizado por videoconferência teve como principal objetivo debater e construir uma alternativa viável, para garantir crédito de custeio para a safra 2021/2022 de pequenos produtores rurais.

Os pequenos produtores rurais serão os mais impactados pelo corte de mais de R$ 2 bilhões no Orçamento (Imagem: Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba (SRU))

Uma alternativa em estudo é promover uma maior concorrência no mercado de financiamento agrícola a partir da pulverização dos agentes concessores de crédito.

Com vistas à expansão de mercado e consequente captação de novos clientes, as Fintechs estão de olho numa fatia do mercado agro.

Internamente, a estimativa é que conseguiriam atender e gerar pelo menos R$ 1 bilhão em negócios, com taxas de mercado entre 6% e 7,4%.

A eventual entrada das Fintechs no certame de crédito rural não implicará na saída dos agentes públicos, como o Banco do Brasil, que, nos últimos seis anos, respondeu, em média, por 60% das operações.

O senador afirmou que nos próximos dias continuará promovendo encontros com entidades representativas como CNA, OCB, e Contag – com intuito de aprofundar o debate e fechar a questão sobre o tema.

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