Economia

O que as novas projeções de IPCA dentro da meta têm a ver com a Petrobras (PETR4)? A resposta está na gasolina

20 out 2025, 15:35 - atualizado em 20 out 2025, 15:54
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Petrobras corta preço da gasolina em 4,9%. (Imagem: Getty Images/Canva Pro)

O corte do preço da gasolina, anunciado nesta segunda-feira (20) pela Petrobras (PETR4), deve ter efeito deflacionário sobre a inflação deste ano. As projeções do mercado apontam para um impacto entre -0,08 e -0,12 ponto percentual (p.p.).

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A estatal informou que reduzirá em 4,9% o preço de venda do combustível tipo A para as distribuidoras a partir desta terça-feira (21). Com o reajuste, o valor médio cairá de R$ 2,85 para R$ 2,71 por litro, o que representa uma redução de R$ 0,14.

O ajuste ocorre após algumas semanas em que o preço doméstico se encontrava acima do mercado internacional.
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O ASA avalia que a redução reflete justamente a queda das cotações internacionais e a nova política de preços da Petrobras, voltada a maior estabilidade e menor volatilidade.

A gestora estima que o corte tenha impacto de -0,12 p.p. no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerando efeitos diretos e indiretos.

O ASA, inclusive, revisou a projeção para a inflação de 2025 de 4,7% para 4,5%, trazendo o índice de volta ao teto do intervalo de tolerância do Banco Central pela primeira vez desde setembro de 2024.

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Além do efeito direto da gasolina, as leituras recentes de preços reforçam a tendência de revisões baixistas em alimentação no domicílio, com pouca pressão sobre os alimentos in natura — que costumam ter comportamento mais desfavorável no quarto trimestre.

Já a Warren tem uma projeção mais conservadora e estima que o corte no preço do combustível reduza o IPCA em cerca de -0,08 p.p. Com isso, a casa revisou sua previsão para os preços de 2025 de 4,5% para 4,4%.

A gestora destaca ainda que, segundo suas estimativas, a defasagem média da gasolina nos últimos 15 dias está em -7,61%.

O FGV Ibre, por sua vez, classificou a decisão da Petrobras como “bem-vinda” e ressaltou que o movimento abre espaço adicional para a inflação retornar à meta.

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Segundo o coordenador dos índices de preços, André Braz, o impacto deve ser de cerca de -0,11 p.p., distribuído entre os próximos meses — com -0,03 a -0,04 p.p. em outubro e -0,06 a -0,07 p.p. em novembro.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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