O que as novas projeções de IPCA dentro da meta têm a ver com a Petrobras (PETR4)? A resposta está na gasolina

O ASA avalia que a redução reflete justamente a queda das cotações internacionais e a nova política de preços da Petrobras, voltada a maior estabilidade e menor volatilidade.
A gestora estima que o corte tenha impacto de -0,12 p.p. no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerando efeitos diretos e indiretos.
O ASA, inclusive, revisou a projeção para a inflação de 2025 de 4,7% para 4,5%, trazendo o índice de volta ao teto do intervalo de tolerância do Banco Central pela primeira vez desde setembro de 2024.
Além do efeito direto da gasolina, as leituras recentes de preços reforçam a tendência de revisões baixistas em alimentação no domicílio, com pouca pressão sobre os alimentos in natura — que costumam ter comportamento mais desfavorável no quarto trimestre.
Já a Warren tem uma projeção mais conservadora e estima que o corte no preço do combustível reduza o IPCA em cerca de -0,08 p.p. Com isso, a casa revisou sua previsão para os preços de 2025 de 4,5% para 4,4%.
A gestora destaca ainda que, segundo suas estimativas, a defasagem média da gasolina nos últimos 15 dias está em -7,61%.
O FGV Ibre, por sua vez, classificou a decisão da Petrobras como “bem-vinda” e ressaltou que o movimento abre espaço adicional para a inflação retornar à meta.
Segundo o coordenador dos índices de preços, André Braz, o impacto deve ser de cerca de -0,11 p.p., distribuído entre os próximos meses — com -0,03 a -0,04 p.p. em outubro e -0,06 a -0,07 p.p. em novembro.