Economia

Cortes na Selic? Só no ano que vem, afirma Itaú

19 jun 2025, 13:15 - atualizado em 19 jun 2025, 13:15
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Selic atinge 15% ao ano — maior nível desde 2006 — e deve permanecer nesse patamar até 2026, segundo o Itaú. (Imagem: Shutterstock)

A Selic entrou em seu maior patamar desde 2006 — de 15% ao ano — e deve permanecer nesse nível até 2026, segundo projeção do Itaú.

Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou pela sétima vez consecutiva a taxa básica de juros , com um ajuste de 0,25 ponto percentual, e indicou que fará uma pausa no ciclo de aperto monetário na próxima reunião, marcada para o fim de julho.

“O Copom afirmou que os juros precisarão se manter em nível contracionista por um período bastante prolongado e que poderá retomar o ciclo de alta, se necessário. Historicamente, uma vez pausado um ciclo de alta, o comitê leva de quatro a cinco reuniões antes de iniciar um movimento na direção oposta. Esperamos que a Selic permaneça em 15% até o início de 2026, quando deve começar um ciclo de corte de 200 pontos-base”, dizem os economistas do banco.

O Itaú destaca que uma valorização do câmbio pode antecipar os cortes, ao ajudar a conter a inflação. Por outro lado, um crescimento econômico acima do esperado pode adiar o início do ciclo de afrouxamento.

Por que o Copom elevou a Selic?

Em comunicado divulgado após a decisão, o Banco Central reiterou sua preocupação com o cenário inflacionário, agravado por expectativas ainda desancoradas.

“As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus permanecem em valores acima da meta, situando-se em 5,2% e 4,5%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o ano de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,6% no cenário de referência”, diz o texto.

Entre os riscos de alta para a inflação, destacam-se:

  • desancoragem das expectativas inflacionárias por um período mais prolongado;
  • inflação de serviços mais resistente que o esperado, devido a um hiato do produto mais apertado;
  • políticas econômicas internas e externas com impacto inflacionário maior do que o previsto, como uma taxa de câmbio persistentemente depreciada.

Já os riscos de baixa incluem:

  • desaceleração mais forte da atividade econômica doméstica;
  • enfraquecimento da economia global diante de choques no comércio e maior incerteza;
  • queda nos preços das commodities, com efeitos desinflacionários.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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