Cosan (CSAN3) e Shell discutem injeção de R$ 10 bi na Raízen (RAIZ4), diz agência
A Raízen (RAIZ4) intensificou as negociações para reforçar sua estrutura de capital após o agravamento da percepção de risco financeiro da companhia, evidenciado pela forte desvalorização de seus títulos de dívida no exterior. As informações são da Bloomberg.
Segundo pessoas a par das conversas, Shell e Cosan (CSAN3) — acionistas controladoras da empresa — avaliam, junto com o BTG Pactual Holding, uma possível injeção de capital que pode chegar a R$ 10 bilhões. As discussões também incluem a entrada de eventuais investidores terceiros.
Paralelamente, a companhia avança em um plano de desinvestimentos que pode somar cerca de R$ 10 bilhões, incluindo a venda da refinaria que possui na Argentina. A combinação entre venda de ativos e aporte de capital é vista como fundamental para fortalecer o balanço da empresa.
O movimento ocorre em um momento sensível para a Raízen, líder na distribuição de combustíveis no país. A situação financeira da companhia tem gerado tensões entre credores e acionistas, especialmente no que diz respeito à reestruturação de dívidas.
Nesse contexto, o chairman do BTG, André Esteves, e o CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, teriam mantido contatos diretos para discutir uma estrutura de endividamento da Cosan ligada à Raízen. O Itaú possui exposição relevante à companhia, conforme divulgado pela Cosan em seu balanço do terceiro trimestre, e pressiona por uma solução considerada mais rápida e menos arriscada.