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Cosan (CSAN3): O que está por trás da queda de 7% das ações nesta sexta-feira (20)?

20 jun 2025, 15:58 - atualizado em 20 jun 2025, 15:58
Cosan csan3
Ações da Cosan lideram as perdas do Ibovespa no pregão desta sexta-feira (20) (Imagem: Divulgação)

As ações da Cosan (CSAN3) são o destaque negativo do Ibovespa (IBOV) no pregão desta sexta-feira (20), em meio à nova alta da taxa básica de juros (Selic) e corte de preço-alvo pelo Citi.

Por volta de 15h45 (horário de Brasília), CSAN3 recuava 7,13%, a R$ 7,43. Acompanhe o tempo real.



Em relatório da última quarta-feira (18), o Citi cortou o preço-alvo da ação de R$ 14 para R$ 12, no entanto, manteve a recomendação de compra.

O banco espera uma melhoria nas unidades de negócios da Cosan no médio prazo, uma vez que enxergam alguns avanços na estratégia de reciclagem de portfólio da empresa para ajustar sua estrutura de capital.

“Achamos que a Cosan continuará a reduzir ainda mais sua alavancagem nos próximos dois anos ou mais, pois possui um bom portfólio que poderia monetizar no curto prazo, e o processo de recuperação (turnaround) da Raízen pode começar a render frutos em dois anos”.

Os analisas pontuam que esse processo pode levar tempo e acreditam que a Cosan está avaliando a forma mais racional de vender seus ativos – a um preço justo – sem perder a qualidade do portfólio. Ainda, enfatizam que a Cosan não possui vencimentos de dívidas relevantes até 2027.

“Apesar de nossa previsão de que a Cosan deverá queimar caixa este ano, principalmente devido à alta taxa Selic, mantemos nossa recomendação de compra e diminuímos nosso preço-Alvo para R$ 12 por ação de R$ 14 por ação, principalmente refletindo nossa redução na avaliação da Raízen”, diz o Citi.

O que pode impulsionar a dinâmica da Cosan?

Para o Citi, três fatores podem impulsionar a dinâmica da Cosan daqui para frente:

  • Avanços na potencial venda de ativos e na campanha de desalavancagem na Cosan e Raízen;
  • Melhoria nos resultados operacionais da Raízen;
  • Melhoria no cenário macroeconômico brasileiro, resultando em taxas de juros reduzidas.

Os analistas não contam com uma visibilidade clara sobre os dois primeiros pontos, mas acrediam que a gestão de ambas as empresas está seguindo a estratégia correta em relação a esses cenários e possui ativos para vender, enquanto a Raízen só poderia gerar um Fluxo de Caixa Livre (FCF) positivo após os próximos dois anos.

“Enfatizamos que se a Raízen não retomar sua posição como pagadora de dividendos, não prevemos uma desalavancagem recorrente na Cosan. Quanto ao terceiro ponto, fazer estimativas pode ser desafiador, mas destacamos que alguns investidores estão avaliando como se posicionar para uma potencial ‘jogada eleitoral’ no Brasil, implicando que a ação CSAN3 pode reagir positivamente em um cenário de taxas de juros mais baixas, dada sua alta alavancagem”, diz o Citi.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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