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Cosan (CSAN3): UBS BB vê aporte como passo positivo e gerando valor no longo prazo

22 set 2025, 15:41 - atualizado em 22 set 2025, 15:41
Cosan csan3 (3)
(Foto: Divulgação)

UBS BB viu o aporte de R$ 10 bilhões do BTG Pactual e da Perfin na Cosan (CSAN3) como um passo positivo nos esforços de desalavancagem da companhia., com potencial para gerar valor no longo prazo.

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A medida vai reduzir a dívida líquida da Cosan de R$ 17,5 bilhões para R$ 7,5 bilhões. 

“Mais do que a contribuição financeira, a operação traz dois novos acionistas relevantes com expertise nos setores para o grupo controlador. Apesar da direção positiva, destacamos que a proposta tem um desconto elevado e limita a participação de outros investidores a apenas 27,5% da oferta”, analisam Matheus Enfeldt, Tasso Vasconcellos e Alberto Valerio. 

Na última sexta-feira (19), o banco rebaixou a sua recomendação para a holding de compra para neutra após uma desvalorização de 40% no último mês. A mudança, segundo o UBS BB, fechou uma lacuna de desconto que “justificava uma visão positiva anterior sobre a ação”. O preço-alvo, porém, se manteve em R$ 9.

Apesar da reação negativa do mercado no pregão desta segunda, os analistas veem a holding saindo muito mais saudável do processo, já que 100% dos recursos serão usados para o pré-pagamento de dívidas. Isso aliviará a pressão que a Cosan vem sofrendo no curto prazo.

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O UBS projeta um FCFE (Fluxo de Caixa Livre ao Acionista) negativo de 14% nos próximos meses. A expectativa dos analistas é que a cobertura de juros suba de 1,6x para 1,9x em 2026, contra 0,9x estimado anteriormente.  “A oferta em nível de holding pode ajudar a aliviar a percepção de pressão nas subsidiárias, especialmente na Rumo (RAIL3).

Após a operação, eles estimam que o FCFE fique da seguinte forma:

  • – R$ 0,42 para + R$0,06 – R$ 0,13 em 2026;
  • + R$0,33 para +R$0,40–0,45 em 2027 (+28% no ponto médio);
  • + R$0,43 para +R$0,47–0,52 em 2028 (+16%);
  • R$0,71 para R$0,64–0,69 em 2029 (-7%).

 

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.