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Cosan já deu pistas sobre o quarto trimestre (e não é o novo guidance)

12 nov 2019, 13:58 - atualizado em 12 nov 2019, 14:03
(Imagem: Divulgação/Cosan)
Diversificação da Cosan motivou elogios do mercado, na divulgação dos números trimestrais (Imagem: Divulgação/Cosan)

Junto com a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, a Cosan (CSAN3) apresentou novos guidances para alguns indicadores, como o ebitda (que mede a geração de caixa). Até aí, todo o mercado já sabe. A questão, agora, é o que essa revisão revela sobre o que a Cosan espera dos próximos meses.

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Para o Credit Suisse, o que mais chama a atenção é a revisão do ebitda (que mede a capacidade de geração de caixa de uma companhia). A Cosan manteve a estimativa consolidada na faixa de R$ 5,6 bilhões a R$ 6 bilhões, mas rebaixou a contribuição esperada da Raízen Brasil e da Raízen Argentina, focadas na distribuição de combustíveis.

Em relatório, o banco de investimentos afirma que a Cosan não precisará fazer muita força para alcançar o valor mínimo previsto, já que isso significa apenas manter o ritmo com que operou no terceiro trimestre.

“Alcançar a faixa inferior do guidance requer um ebitda consolidado no 4T19 de R$ 1,4 bilhão, o que acreditamos ser razoável. É o mesmo nível do resultado recorrente do 3T19, e, sazonalmente, o 4T contaria com algum vento a favor”, afirma o Credit Suisse.

Lubrificantes

Outra pista encontrada pelos analistas nos números e declarações da Cosan refere-se ao peso que a Moove deverá assumir nos resultados. Responsável pela produção e distribuição de lubrificantes das marcas Mobil  e Comma, a Moove está ampliando suas exportações, segundo relatório da Eleven Financial.

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Mobil, marca de lubrificantes da Moove: empresa será mais cobrada para gerar caixa neste fim de ano (Imagem: Mobil/Facebook)

Espera-se, por isso, que a unidade compense a geração menor de caixa prevista para a área de combustíveis no Brasil e na Argentina. Não é por acaso que a empresa foi a única a ter sua estimativa de ebitda elevada pela Cosan – passando da faixa de R$ 260 milhões a R$ 290 milhões, para R$ 290 milhões a R$ 320 milhões.

A Comgás, distribuidora de gás encanado em São Paulo, também deve se destacar nos resultados da Cosan no próximo trimestre. O BTG Pactual, por exemplo, elogiou a resiliência da companhia no terceiro trimestre, devido à diversificação de seus negócios, com destaque para os lubrificantes (Moove) e o gás (Comgás).

O banco afirmou que o recente desempenho dos papéis da Cosan, acima da média do mercado, o levarão a revisar suas estimativas em breve. O BTG Pactual observa, porém, que a Comgás ainda é um trunfo para a Cosan, devido aos resultados superiores aos do mercado.

Leia a íntegra da divulgação de resultados da Cosan.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.