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Costa do Marfim suspende novas compras de cacau por Cargill e Barry Callebaut

31 mar 2020, 16:44 - atualizado em 31 mar 2020, 16:44
Cargill Empresas
“Elas terão de vender os superávits para aqueles que precisam”, disse Kone (Imagem:REUTERS/Denis Balibouse

O órgão regulador de cacau da Costa do Marfim suspendeu temporariamente novas compras do produto por tradings como Cargill e Barry Callebaut, entre outras, disse a própria entidade nesta terça-feira, alegando que elas já excederam as exportações contratadas para esta temporada.

O presidente-executivo do Conselho de Café e Cacau (CCC) marfinense, Yves Brahima Kone, afirmou a repórteres que o conselho agiu porque as empresas excederam em mais de 10% o volume de exportação contratado, e que será exigido que elas vendam esse superávit.

Exportadores de menor calibre da Costa do Marfim, maior produtora de cacau do mundo, disseram que estão em risco de “default” por não conseguirem competir com os preços mais altos pagos pelas multinacionais.

“Elas terão de vender os superávits para aqueles que precisam”, disse Kone.

Kone acrescentou que a suspensão também é válida para tradings além da Cargill e da Barry Callebaut que tiverem ultrapassado suas cotas, mas não especificou quais. Ele não disse por quanto tempo vai durar o banimento.

Uma porta-voz da Cargill afirmou que as unidades da empresa continuam recebendo cacau. Em fevereiro, a companhia havia dito que segue todas as regras do CCC em relação a volumes físicos.

Já a Barry Callebaut não respondeu de imediato a um pedido por comentários.

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