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Covid-19 dificulta vendas e construtoras adiam lançamentos, mas preços seguem firmes, diz CBIC

25 maio 2020, 13:51 - atualizado em 25 maio 2020, 13:51
Construção Civil Imóveis
O ritmo de vendas também sente os impactos da COVID-19, com recuo de 38,8% em abril após um crescimento de 26,7% nos três primeiros meses do ano, mostrou a pesquisa (Imagem: Reuters/Mike Blake)

O setor imobiliário brasileiro vê queda nas vendas de imóveis durante a pandemia do novo coronavírus, mas espera que os preços sigam firmes à medida que as construtoras adiam lançamentos, ajustando a oferta de moradias à menor demanda, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

“Não se espera redução no preço dos imóveis mesmo com a pandemia. Não há condições para isso”, disse nesta segunda-feira o presidente da CBIC, José Carlos Martins, em um webcast com representantes do setor.

Levantamento conduzido pela CBIC com construtoras em 118 municípios brasileiros, incluindo São Paulo, maior mercado imobiliário do país, mostrou que 79% das empresas planeja adiar novos projetos que seriam lançados nos próximos meses.

Só no primeiro trimestre, os lançamentos encolheram 14,8% em relação ao mesmo período do ano passado por conta de crescentes incertezas em meio à pandemia, afirmou o vice-presidente da CBIC, Celso Petrucci, acrescentando que a queda acelerou para 63% em abril.

O ritmo de vendas também sente os impactos da COVID-19, com recuo de 38,8% em abril após um crescimento de 26,7% nos três primeiros meses do ano, mostrou a pesquisa.

Mas a CBIC avalia que o setor imobiliário tende a sofrer menos que outras indústrias, dado o ainda elevado déficit habitacional no Brasil e a provável redução de juros para financiamento de imóveis.

“Não sofreremos tanto quanto a indústria automobilística porque não se trata de desejo de consumo, e sim necessidade habitacional”, comentou Petrucci.

De acordo com Martins, a Caixa Econômica Federal já sinalizou à CBIC que em breve reduzirá as taxas de juros para financiamento imobiliário.

O movimento deve suceder a decisão do Banco Central de cortar a taxa básica de juro, a Selic, para a mínima histórica de 3% no início de maio.

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