CPI das Fake News quer ouvir Joice, Delegado Waldir e integrantes do governo

A CPI Mista das Fake News aprovou, nesta quarta-feira (23), a convocação de dois integrantes do segundo escalão do governo: Fábio Wajngarten, secretário especial de Comunicação Social da Presidência, e Filipe Martins, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais.
A CPMI também aprovou convites a dois deputados federais que estiveram no centro da recente crise no PSL, o partido de Jair Bolsonaro: Delegado Waldir (GO), ex-líder da bancada na Câmara, e Joice Hasselmann (SP), ex-líder do governo no Congresso, também poderão depor.
Foi aprovado, ainda, convite ao ex-ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Outros nomes ligados ao governo foram convocados, dentre eles o empresário Paulo Marinho, primeiro suplente do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ); o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas de departamentos Havan; o cineasta Josias Teófilo, diretor de um documentário sobre o filósofo Olavo de Carvalho; e o influenciador digital Bernardo Pires Kuster.
A comissão convidou também os jornalistas Luís Nassif e Felipe Moura Brasil, além de representantes de portais especializados em checagem de notícias (como E-Farsas, Aos Fatos, Agência Lupa, Estadão Verifica e Fato ou Fake) e de blogs políticos ligados à oposição (como Revista Fórum, Brasil 247, Brasil de Fato e Diário do Centro do Mundo).
Um convite curioso aprovado pela CPI mista das fake News foi o da senadora americana Elizabeth Warren. Atualmente ela é uma das favoritas à indicação do Partido Democrata para a próxima eleição presidencial dos Estados Unidos, em 2020. A iniciativa foi da deputada Lídice da Mata (PSB-BA).
A maior parte requerimentos foi apresentada por parlamentares da oposição. Já os membros da base do governo na CPI mista conseguiram aprovar uma convocação seu interesse: a da presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).
No total, 67 dos 96 requerimentos na pauta da CPI foram aprovados.
Representação judicial
Durante a reunião da CPI, o deputado Ivan Valente (Psol-SP) comunicou que o seu partido vai impetrar uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Jair Bolsonaro. Segundo Valente, o processo poderá resultar em denúncia de crime de responsabilidade contra o presidente.
O deputado explicou que é possível ligar ataques virtuais contra parlamentares e membros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao núcleo do governo. Se ficar provado o envolvimento de Bolsonaro, esses atos podem ser enquadrados como ameaças ao funcionamento das instituições do país.
Quer ficar por dentro de tudo que acontece no mercado financeiro?
Última atualização por Bruno Andrade - 23/10/2019 - 17:00